
A implosão das últimas plataformas da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), foi concluída na tarde deste domingo (2). O procedimento, que durou cerca de 15 segundos, utilizou explosivos e calor intenso para desmantelar a estrutura remanescente. No entanto, apesar da aparente normalidade da operação, questões importantes seguem sem respostas claras.
Durante a semana, moradores de ambas as margens do Rio Tocantins foram informados sobre a necessidade de evacuação. Em Aguiarnópolis, 50 imóveis foram desocupados, enquanto em Estreito (MA) a ação afetou 150 residências. Embora a Prefeitura e a Defesa Civil tenham prestado apoio, não houve informações detalhadas sobre possíveis danos estruturais em imóveis próximos, além de eventuais impactos ambientais causados pela implosão.
A implosão faz parte do cronograma para a construção da nova ponte, que será conduzida pelo Consórcio Penedo – Neópolis, composto pela Construtora A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Ltda. O prazo estimado para a conclusão da obra é de um ano. No entanto, considerando os históricos de atrasos em projetos de infraestrutura no país, permanece a dúvida se a obra será realmente entregue dentro do tempo estipulado.
Destino dos destroços e impacto ambiental
A técnica utilizada na implosão foi projetada para fragmentar o concreto estrategicamente. O material que caiu às margens do rio está previsto para ser retirado por máquinas. Entretanto, não há detalhes sobre prazos e processos para a remoção dos entulhos, tampouco estudos transparentes sobre o impacto da explosão na qualidade da água do Tocantins e na fauna local.
O DNIT, responsável pelo monitoramento da operação, ainda não divulgou um laudo público sobre os impactos reais da implosão. Enquanto a promessa de uma nova estrutura segue no horizonte, a população da região e os usuários da BR-226 ficam na expectativa para que o projeto avance sem os atrasos e problemas tão comuns em obras públicas brasileiras.