Um modelo pouco utilizado e até desconhecido por muitos outrora, a famosa “chapinha” vem sendo adotada em todo o país nas eleições, sejam elas municipais, sejam gerais. O formato é aplicado para cargos legislativos proporcionais (vereador, deputado estadual e federal).
O jargão chapinha é utilizado quando se forma uma chapa de vereadores ou deputados sem a presença de mandatários, onde oportunizada candidatos pequenos e oriundos da minoria, ou com pouco poder aquisitivo se eleger, muitas vezes com poucos votos, tornando a disputa nivelada.
O advento do referido modelo dificultou a vida de muitos mandatários, que encontrando dificuldades em agregar médio e pequenos candidatos terminam se juntando entre si e formando o chapão, onde é comum ver candidatos com votações expressivas ficarem de fora do mandato.
Seja em chapinha, ou em chapão, é importante observar a necessidade de toda chapa ter puxadores de votos, para que o partido ou federação não corra o risco de não obter cadeira no legislativo. Há partidos que adotam a seguinte composição para uma chapa: cabeça, meio e cauda, ou seja, a legenda é composta por candidatos grandes, médios e pequenos.
A política é um jogo, onde cada um usa suas próprias estratégias para vencer, mas nesse caso cabe uma reflexão por partes dos partidos e líderes, que devem pensar a política a longo prazo e entender que todos os componentes são importantes no processo.
A título de sugestão, o rodízio entre suplentes seria uma boa prática entre os partidos, onde titulares de mandatos se afastariam por determinados períodos, para contemplar os suplentes, fortalecendo assim partidos e grupos políticos.
Neste período final de filiação partidária, todos correm contra o tempo para se abrigar no melhor lugar para disputar as eleições, sejam mandatários ou novos aspirantes ao Poder Legislativo. Quem usar a melhor estratégia tende a ser vitorioso.
Elisvan Lopes é funcionário público e analista político.