A operação da balsa que faria a travessia entre Aguiarnópolis, no Bico do Papagaio e Estreito, no sul do Maranhão, permanece indefinida devido à ausência de documentos necessários para funcionamento, segundo a Marinha do Brasil. O trecho, essencial para a ligação entre o Tocantins e o Maranhão, está interditado desde a queda da ponte JK, na BR-226, ocorrida em 22 de dezembro. Apesar dos esforços do governo do Tocantins para viabilizar a solução, os atrasos na construção dos acessos ao rio e na documentação já resultaram em dois adiamentos da data de início dos trabalhos.
A empresa Pipes Navegações, inicialmente indicada para realizar o serviço, também não conseguiu iniciar as operações. A Marinha reafirma que, embora a instalação da balsa seja priorizada, as normas de segurança de navegação interna devem ser respeitadas.
Responsabilidade compartilhada
Em nota, a Pipes Navegações informou que as licenças e autorizações são responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Segundo a empresa, ela está participando de uma chamada pública e antecipando o processo de montagem das embarcações para que a instalação comece assim que o contrato for firmado.
Por sua vez, o Dnit afirmou que as empresas encarregadas da BR-226 estão mobilizadas para atender às exigências da Marinha, especialmente na execução dos acessos e atracadouros necessários à operação. O órgão declarou que as balsas começarão a operar imediatamente após a assinatura do contrato e a conclusão das obras.
Posicionamento do governo do Tocantins
O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) publicou um vídeo nesta quinta-feira (2) em que aparece reunido com Pedro Iran, proprietário da Pipes Navegações. No vídeo, o empresário destacou que o período chuvoso e os feriados de final de ano em 2024 dificultaram o andamento do projeto.
Impactos do atraso
Desde o desabamento da ponte JK, o trecho tem gerado transtornos para a população local, que depende da travessia para transporte de pessoas e mercadorias. A demora na instalação da balsa levanta preocupações sobre os impactos econômicos e sociais na região.
As autoridades e empresas envolvidas afirmam estar empenhadas na resolução dos entraves burocráticos, mas ainda não há uma data concreta para o início das operações da balsa. Enquanto isso, a população aguarda ansiosamente por uma solução definitiva para o problema.