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quinta-feira, 26 / dezembro / 2024

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Luxo e Glamour no Pará. A farsa dos influenciadores do Jogo do Tigrinho” e afins

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A Polícia Civil do Estado do Pará deflagrou, na manhã desta segunda-feira (18), por meio da Seccional Urbana do Comércio, a Operação “Truque de Mestre”. O objetivo era cumprir 12 mandados de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão contra pessoas investigadas por divulgar jogos de azar através das redes sociais. Os alvos da operação são influenciadores digitais que divulgavam jogos de azar, como o Fortune Tiger, mais conhecido como “Jogo do Tigrinho”. Eles movimentavam uma vultosa quantia financeira em dinheiro ao incentivar mais pessoas a aderirem à prática do jogo.

Os presos foram encaminhados para a Seccional Urbana do Comércio onde prestaram depoimentos. Todos irão responder por estelionato e associação criminosa e já estão à disposição da Justiça. A operação “Truque de Mestre” terá continuidade com objetivo de investigar e prender outros envolvidos com os jogos de azar divulgados nas redes sociais.

“A atuação da Polícia Civil do Pará é para reprimir e combater ‘influencers’ que têm divulgado plataformas de jogos de azar e que já vitimaram inúmeras pessoas no país inteiro e no Pará não foi diferente. Temos muitas vítimas desta prática enganosa. Uma mulher chegou a movimentar mais de R$ 23 milhões em apenas dois meses. Outro homem, que conseguimos prender, teve uma arrecadação de mais de R$ 1,5 milhão, explicou o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Rezende.

O delegado explicou ainda que todo esse dinheiro é oriundo de esquemas de jogos de azar, cassinos online.

“Todo esse dinheiro foi adquirido pelo eles com a perda financeira de muitas pessoas”, informou o delegado-geral Walter Resende.

Durante a operação, os agentes prenderam sete pessoas envolvidas no esquema de jogos, sendo quatro foram presos em Belém, uma pessoa em Bragança, uma em São Francisco do Pará e uma mulher no aeroporto de Recife. Também foram apreendidos três carros de luxo, um carro popular, duas motos, vários aparelhos celulares, notebooks, máquinas de cartão e documentos que subsidiarão investigações futuras. 

Uma das vítimas chegou a perder mais de R$ 15 mil apostando no jogo. Ela venceu uma rodada mas, na hora de receber, a plataforma bloqueou a vítima, fazendo com que ela não pudesse retirar o prêmio e nem reaver o valor investido. As investigações iniciaram há quatro meses quando diversas pessoas compareceram à Seccional Urbana do Comércio para denunciar os “influencers” que estavam captando vítimas para adentrar na plataforma dos jogos online. 

“A Diretoria de Polícia Metropolitana atua de forma pioneira no Pará dando o pontapé inicial nas investigações contra esses jogos de azar e na responsabilização das pessoas que incentivam a prática de apostas em detrimento da perda dos jogadores. Esse é um enfrentamento efetivo em combate a essa organização criminosa que se vale das plataformas digitais para obter ganhos ilícitos”, ressaltou o delegado Daniel Castro, titular da Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM). 

Os influenciadores digitais começaram a arrecadar muito dinheiro após darem início na divulgação dos jogos e o trabalho principal deles dentro da organização criminosa era ludibriar os seus seguidores fazendo com que eles acreditassem em uma vida de fantasias adquirida com os ganhos provenientes dos jogos. Viagens de luxo, compra de bens de altíssimo valor. Porém, tudo era uma fachada, já que os apostadores tinham baixíssimo índice de ganhos na plataforma, diferente de quem as divulgava.

“Foi comprovado que todos os influenciadores recebiam grande quantia em dinheiro para divulgar as plataformas de jogos online. Cinco pessoas ainda estão foragidas e nossa equipe continuará investigando para prender mais envolvidos neste crime que prejudica tantas pessoas. Sem contar que os alvos tentavam fazer a lavagem desse dinheiro investindo o valor arrecadado com a prática delituosa na compra de imóveis, carros de luxo e outros bens de alto valor”, contou o delegado Arthur Nobre, diretor da Seccional Urbana do Comércio.

Participaram da operação 14 equipes de policiais civis que compõem as delegacias e seccionais da Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM) e da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), entre elas as Seccionais da Sacramenta, São Brás, Guamá, Marituba, Ananindeua, Cremação, Pedreira, Marambaia, Icoaraci, Cidade Nova, Paar e das Delegacias do Atalaia, de Bragança e de São Francisco do Pará. 

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