
Elias Silva Lopes, de 12 anos, aluno no 6º ano, diagnosticada com Artrite Reumatóide (AR), está sendo abandonado pelo sistema público de Educação do Município de Esperantina, no Bico do Papagaio. A enfermidade é uma doença inflamatória crônica que afeta várias articulações, mesmo assim, é tratada com descaso pela gestão do prefeito, Dr. Armando (PP).
Os pais da criança resolveram tornar a situação pública, para tentar sensibilizar os órgãos de fiscalização, a ajudarem cobrar a Prefeitura de Esperantina a buscar uma solução para que o garoto possa estudar.
Aluno da Escola Municipal Silvino Rodrigues Costa, a família de Elias, solicitou junto à Secretaria Municipal de Educação, nomeação de um monitor educacional especializado para os alunos portadores de necessidades especiais, a fim de garantir o acesso à educação. No entanto a gestão municipal negou.
Segundo os pais de Elias, ele não possui autonomia para se alimentar, nem para ir ao banheiro e, tampouco, para entender e realizar as atividades propostas em sala.
Elias também enfrenta problemas de crescimento e toma medicamento de forma contínua.
A escola fica na Vila 4 Bocas, região da Santa Cruz, município de Araguatins, uma área que faz limite com Esperantina, e pela proximidade e facilidade de acesso, toda a infraestrutura educacional é oferecida por Esperantina.

O mãe de Elias, Denis Pereira Lopes, relatou ainda que sofreu ameaça velada do diretor da escola, que mesmo não fornecendo o monitor educacional, insinuou que caso a criança não tenha quatro faltas, o Conselho Tutelar e a Polícia poderiam ir até a casa da família cobrar explicações. “O diretor Deusivan falou ainda que se o menino não fosse, e passasse 3 dias sem ir à escola, tem direito o Conselho Tutelar bater na minha porta com a Polícia, porque o aluno não está indo para a escola, sendo que é erro deles, porque eles não arrumaram o acompanhante dentro da sala de aula e ainda dentro do ônibus. O meu menino (Elias), ele não consegue subir no ônibus nem descer, ele não consegue ir no vaso (sanitário) sozinho, tem que ter o auxiliar. Ele não consegue escrever durante as 4 horas de aula sozinho, porque dói as juntas da mão, tudo nele. Então, aí eu estou reivindicando o meu direito de mãe né, porque se meu filho não vai a escola, é porque eles não conseguiram a pessoa para estar com ele dentro da sala de aula”, disse a mãe de Elias.
Segundo a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), alunos com deficiências têm direito ao suporte de monitores. A lei assegura que cada criança têm o direito a um monitor individual. Cada criança tem necessidades de suporte diferente. Algumas não comem sozinhas outras conseguem. O monitor representa a acessibilidade.
Infelizmente Esperantina não prospera. Na área da educação então, ser professor nessas escolas infantis é muito fácil, é só comprar um diploma.
A cidade não tem capacidade sequer de contratar um profissional especializado em educação especial.