O desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Tocantins e Maranhão, ocorrido no último dia 22 de dezembro, mobilizando uma força-tarefa de resgate e identificação de corpos. Entre os esforços de diversas equipes, o trabalho dos papiloscopistas do Instituto de Identificação do Tocantins destaca-se na identificação das vítimas.
Utilizando o método de confronto papiloscópico, que consiste na análise das impressões digitais, os profissionais estão sendo essenciais para devolver às famílias o direito de sepultar seus entes queridos com dignidade. Este procedimento, considerado altamente preciso, envolveu a comparação minuciosa das digitais das vítimas com os registros existentes no banco de dados do instituto.
O chefe do 2º Núcleo de Papiloscopia de Araguaína, Marcos Fernandes, destaca que a perícia papiloscópica tem sido crucial para agilizar o processo de identificação, especialmente em um cenário em que os corpos apresentavam condições desfavoráveis para outros métodos de reconhecimento, como o visual ou o genético.
“Os laudos realizados pela equipe de papiloscopia de Araguaína estão sendo emitidos em tempo ágil. Cerca de uma hora após o exame papiloscópico no IML, já é possível atestar com segurança a identidade das vítimas, com publicação do Laudo Papiloscópico e liberação do corpo para a família”, ressalta o papiloscopista Marcos Fernandes.
Para o chefe do Núcleo de Araguaína, esse trabalho reforça a importância da ciência forense na elucidação de tragédias e demonstra o comprometimento das equipes periciais do Tocantins. “Para muitos familiares, a identificação foi um momento de alívio em meio à dor, proporcionando a possibilidade de um adeus mais humano”, reitera.
Diariamente, o 2º Núcleo Regional de Papiloscopia de Araguaína disponibiliza um Boletim de Identificação das Vítimas, cujas informações têm sido divulgadas no site da Secretaria da Segurança Pública do Tocantins.
Conforme o último boletim, divulgado neste sábado, 28, das 18 vítimas do desabamento da Ponte JK, uma sobreviveu, seis foram identificadas por impressões digitais, uma identificada por arcada dentária e uma foi reconhecida pela família. Nove vítimas continuam desaparecidas e sem identificação.
“A operação de resgate e identificação continua, com equipes empenhadas em localizar os desaparecidos e oferecer respostas às famílias afetadas por esta tragédia”, conclui Marcos Fernandes.