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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Ataídes defende retenção de recursos do Sistema S, proposta por ele ao ministro Levy

CONGRESSO NACIONAL

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“É um avanço extraordinário. Finalmente parte desse rio de dinheiro do Sistema S, que vem sendo usado para especulação no mercado financeiro e no mercado imobiliário, vai ser melhor canalizado”.  Foi essa a reação do senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO) diante do anúncio de que 30% das contribuições compulsórias destinadas ao Sistema S serão direcionados para a Previdência Social. Crítico ferrenho dos desvios e abusos cometidos pelos chamados Serviços Sociais Autônomos, como Sesi, Senai e Senac, Ataídes foi o autor da proposta de retenção de parte desses recursos para custear despesas da área de saúde. Ele levou a proposta pessoalmente ao ministro Joaquim Levy duas semanas atrás.

O senador ressaltou, no entanto, que há “um furo” na medida anunciada nesta segunda-feira (14) pelo ministro da Fazenda. “O ganho de R$ 6 bilhões previsto pelo ministro pode saltar para mais de R$ 9 bilhões se forem levadas em conta as contribuições arrecadadas diretamente pelo Sesi e pelo Senai”, explicou, dizendo que irá alertar o ministro Levy, ainda nesta terça-feira (15) . A arrecadação direta, segundo ele, é uma das muitas falhas do Sistema S, já que, pelas normas legais, a arrecadação e fiscalização de tributos tem que passar, necessariamente pela Receita Federal.

Ataídes também irá insistir com o ministro da Fazenda para que os recursos do Sistema S sejam destinados à área de saúde, que está em situação caótica, e não à Previdência Social. “O problema da Previdência são as fraudes, a má gestão. Esse dinheiro será muito melhor aplicado na saúde pública”, ressaltou.

O senador tocantinense foi o primeiro parlamentar a enfrentar o lobby poderoso do Sistema S, denunciando as diversas irregularidades e abusos cometidos pelas entidades e escrevendo o livro “A Caixa Preta do Sistema “. Foi a partir das informações conseguidas pelo senador junto à Controladoria-Geral da União e ao Tribunal de Contas da União, de que o Sistema S teve uma receita de R$ 31 bilhões e uma disponibilidade financeira de quase R$ 18 bilhões em 2014, que o assunto ganhou força no governo e no Congresso.

“O mais grave”, afirma Ataídes, “é que com esse enorme volume de recursos, essas entidades ainda têm a coragem de cobrar valores exorbitantes por cursos de qualificação profissional que deveriam ser oferecidos gratuitamente”. O índice de gratuidade no Sistema S não passa de 15%.

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