O ex-governador Sandoval Cardoso (SD) disse em entrevista neste sábado, 7, ao Jornal do Tocantins, que a sua gestão fechou acima do limite legal em gasto com pessoal, porém o valor destinado à folha de pagamento foi reduzido em comparação ao quadrimestre anterior, no qual índice de gasto foi de 50,98%.
“As reduções exigidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) foram feitas”, frisou. Ele ainda ressaltou que parte das dívidas que deixou para próxima gestão foi em função do bloqueio determinado pela Justiça, em razão do atraso do repasse aos outros poderes.
O ex-governador Sandoval deixou de destinar 25% dos recursos do Executivo para a Educação, meta estabelecida pela Constituição Federal. Conforme o relatório das metas fiscais de 2014, publicado na última semana, o governo destinou apenas 23,94% para a área, R$ 1,19 bilhão, contabilizando um déficit de R$ 53 milhões.
Sandoval argumentou que tentou fazer os repasses para a educação, mas em razão ao bloqueio judicial ficou impedido. “Busquei o Banco do Brasil e expliquei que precisava da liberação do recurso da educação, se não alcançaria a meta fiscal, porém não tive o pedido aceito. Mas, peguei um documento do banco explicando o motivo da não liberação e protocolei no TCE (Tribunal de Contas do Estado).”
O ex-gestor justificou que, não apenas em razão do bloqueio, mas também devido a situação precária do Estado e quantidade de dívidas de anos anteriores, não existiu possibilidade de quitar todos os débitos nos oito meses de gestão. “Quando assumi o governo encontrei um caixa com um saldo negativo de R$ 90 milhões, mas fui administrando, sem reclamar de ninguém. Não adianta ficar reclamando, é preciso trabalhar”, frisou.
Sobre futuras investigações em busca dos responsáveis pelos problemas vividos pelo governo do Estado, Sandoval disse que está tranquilo e destacou que contribuiu bastante para o Estado.
Ele ainda ressaltou que, para buscar uma solução para o problema do Estado, é necessário que seja feita uma profunda reforma administrativa: “Que não tive tempo, infelizmente, de fazer.” (Jornal do Tocantins)




