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sábado, dezembro 6, 2025
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Polícia Civil desarticula esquema de desvio de sinal do Navegapará

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A Polícia Civil desarticulou um esquema criminoso de desvio de sinal de internet do Navegapará em Uruará, sudoeste do Estado. Três servidores estaduais foram presos em flagrante, acusados de desviar, para uso em benefício próprio, o sinal administrado pela Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa). A ação fez parte da operação “Gato Net”, coordenada pela superintendência da Polícia na região do Xingu.

Nas casas dos servidores e no estabelecimento comercial de propriedade de um dos envolvidos – cujos nomes não foram divulgados –, foram apreendidos aparelhos para acesso à internet sem fio, usados na recepção do sinal. Os acusados foram indiciados pelo crime de furto, que por lei é afiançável. Todos pagaram o valor de fiança e foram liberados para responder ao processo criminal. As prisões resultaram de investigações feitas na região para apurar o esquema detectado pela Prodepa.

Segundo o delegado Cristiano Nascimento, que atua na região, a Prodepa detectou que estava ocorrendo o furto do sinal de internet em Uruará. No decorrer da apuração, a equipe policial identificou que o vazamento vinha de um órgão estadual no município. Ainda segundo as investigações, o desvio foi feito por um funcionário público que tinha acesso à senha de conexão à internet. “O procedimento foi feito de forma irregular e sem o conhecimento da Prodepa”, informou o delegado.

Inquérito – Três servidores públicos estavam acessando o sinal da internet para uso pessoal. O fato foi comunicado, inicialmente, à Delegacia Geral da Polícia Civil, em Belém. A operação policial identificou na terça-feira os três acusados. “Autuamos essas pessoas em flagrante por furto. Como a pena máxima do crime é de quatro anos de prisão, por lei, elas tiveram o direito de pagar fiança arbitrada por mim e todos foram liberados para responder em liberdade”, explicou o delegado.

O fato foi comunicado ao juiz de direito da Comarca de Uruará, Vinícius de Amorim Pedrassoli, e ao Ministério Público, com pedido de continuidade das investigações por meio de inquérito e também para prosseguimento do processo criminal na Justiça. “Conseguimos suspender o sinal da Prodepa no município temporariamente, para cancelamento do sinal via rede sem fio”, explica o delegado.

Segundo ele, as investigações prosseguem para chegar a outras pessoas envolvidas no esquema. Pelo menos 25 pessoas podem ter sido beneficiadas com o esquema, por meio de compra do sinal desviado pelos acusados. “Sabemos que o desvio foi feito via rede de internet sem fio, o que torna mais complicada a investigação. Por isso, suspendemos o sinal para que, quem tivesse comprado ilegalmente o acesso à internet, ficasse sem acesso. Foi colocada uma senha de bloqueio”, explicou.

Segundo o delegado, não há suspeitas sobre os diretores dos órgãos estaduais de onde os servidores são oriundos. “Os funcionários aproveitaram o fato de terem acesso ao sistema Navegapará para, assim, desviar o sinal para suas casas. Esses servidores vão responder a processos criminais, que serão encaminhados ao Poder Judiciário”, concluiu.

A Polícia Civil apreendeu os roteadores e os cabos de internet usados no desvio do sinal. O inquérito será concluído em até 30 dias. “Ainda serão ouvidas outras pessoas, principalmente alguns técnicos que atuaram nos órgãos estaduais em Uruará que podem ter feito a adulteração do aparelho da Prodepa”, informou Cristiano Nascimento.

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