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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Polícia Civil conclui relatório sobre professor espancado em Altamira

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O delegado Paulo Mavignier, da superintendência da Polícia Civil em Altamira, sudoeste do Pará, deve enviar até o fim da semana o relatório conclusivo do flagrante lavrado contra os presos Jefferson Gomes Mello, 21 anos, e Thaisson Santos de Souza, 23, autores do roubo e tentativa de homicídio contra o professor Anízio de Araújo Uchoa Filho, 50 anos. O crime foi registrado na noite de quinta-feira passada (16), quando os acusados roubaram o carro, dinheiro, cartões de crédito e objetos de valor da vítima e ainda tentaram matá-la a pauladas em uma área de mata na rodovia BR-230, a Transamazônica.

Desmaiado, o professor foi arrastado e teve o corpo jogado em uma vala e ainda foi encoberto por terra pelos criminosos que, por fim, cobriram o corpo com folhas. A vítima sobreviveu aos espancamentos e conseguiu pedir ajuda na rodovia para chegar até a Polícia Civil, onde pediu ajuda e denunciou o crime. Os criminosos foram presos em menos de 24 horas após o roubo em poder de todos os objetos e dinheiro roubados. Tudo, inclusive o carro da vítima, foi recuperado.

O delegado Cristiano Nascimento, titular da superintendência, explica que nesta terça-feira (14) a Justiça manteve a prisão em flagrante dos presos e autorizou a transferência deles para o Presídio Regional de Altamira, onde os acusados já estão recolhidos para responder pelos crimes. O delegado frisou que o crime foi, de fato, premeditado e executado por Jefferson e Thaisson com objetivo exclusivamente patrimonial, descartando a tese de homofobia.

Segundo o delegado, ficou clara a intenção da dupla, aproveitando que um dos presos (Jefferson) já conhecia a vítima, que é homossexual. Em depoimento prestado em termo de declarações na sede da Polícia Civil, ambos confessaram o crime. A vítima permanece internada no Hospital Regional de Altamira para passar por uma cirurgia. Anízio teve fraturas no maxilar e em um dos braços e diversas escoriações pelo corpo e no rosto. Os médicos aguardam a regressão dos edemas corporais para que o professor seja operado. Ele não corre risco de morte.

Violência

Segundo informações apuradas pelo delegado Paulo Mavignier, que estava de plantão na superintendência da Polícia Civil, os fatos se passaram entre a noite de quinta-feira passada e a madrugada do dia seguinte. Em depoimento, Jefferson relata que estava com Thaisson no trapiche de Altamira, onde o comparsa deu a ideia de irem até a casa do professor. Os dois foram até o local e passaram a conversar com a vítima.

Após algum tempo, os dois teriam saído da casa, mas, sob ameaças de Thaisson, teriam retornado à residência de Anizio. No local, Thaisson sacou uma faca e passou a ameaçar a vítima. Logo em seguida, Jefferson agarrou o professor e o imobilizou com um golpe conhecido como “gravata”. Os dois amordaçaram a vítima, com uma fita engomada, e amarraram-lhe as mãos e os pés. Depois, os acusados passaram a saquear a casa, onde pegaram quatro cartões de crédito e de bancos, um computador portátil, um telefone celular, um aparelho mp4 e R$ 1.150 em dinheiro. Em seguida, carregaram a vítima desmaiada até seu carro, modelo Crossfox, onde também colocaram os objetos roubados.

Jefferson dirigiu o carro roubado na Transamazônica até a cidade de Vitória do Xingu. No bairro Bacana, nesse município, Thaisson foi até uma casa, onde trocou de roupa. Em seguida, os dois seguiram no carro até uma agência bancária, onde tentaram sacar dinheiro do cartão do banco, mas não conseguiram porque o caixa eletrônico estava fechado. Assim, Jefferson e Thaisson seguiram no carro pela Transamazônica em direção ao município de Uruará, até uma estrada vicinal de acesso ao município de Brasil Novo.

Nessa estrada, eles retiraram o professor do carro, ainda amordaçado e com as mãos amarradas, e o levaram para dentro de uma mata, onde após cerca de 40 metros de caminhada, Thaisson armou-se com um pedaço de madeira e passou a espancar a vítima na cabeça. Jefferson alega em depoimento que ficou apenas observando o comparsa espancar o professor. Por outro lado, Thaisson acusa Jefferson de ter também participado dos espancamentos. Após Anizio desmaiar, os dois arrastaram o corpo até uma vala e depois de encobri-lo com terra, esconderam-no com folhas. Em seguida, fugiram do local no carro em direção a Altamira.

Ao recobrar a consciência, a vítima conseguiu uma carona e retornou para Altamira, onde, por volta de 3 horas da madrugada, denunciou o crime à Polícia Civil. Os presos foram localizados no centro do município, durante a tarde de sexta-feira passada.

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