De passagem por Marabá, no sábado, 18, quando acompanhou comitiva de políticos regionais até Tucuruí, para evento pró-criação do Estado de Carajás, o ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB/TO) falou sobre redivisão territorial no Brasil.
Indagado sobre como o tema amadureceu no Congresso Nacional, nos últimos 23 anos, idade do Estado do Tocantins, última área a ser emancipada no País, Quintanilha lembra que esse assunto é antigo na maior Casa de Leis nacional, a qual abriga representantes de todos os segmentos econômicos e classes sociais e, logicamente, concentra muitas idéias divergentes.
“Daí a importância do debate. É na divergência que você encontra o consenso, o caminho mais adequado para os pensamentos diversos. O tema divisão territorial é muito antigo e, logo depois da criação do Mato Grosso do Sul, eu vivi muito de perto a criação do Tocantins”, lembra o ex-senador.
Ele considera que esses foram os dois últimos grandes exemplos de redivisão territorial que deram certo, beneficiaram tanto a parte emancipada quanto os estados remanescentes e favoreceu o desenvolvimento do Brasil.
Quintanilha lembra que a região norte de Goiás se transformou no Estado do Tocantins, decorrente de uma redivisão, e testemunhou o progresso e o desenvolvimento intensos e a presença forte e permanente do governo atendendo às demandas mais urgentes da população.
“São demandas relacionadas com a Educação, com a Saúde e Segurança. Então, o Congresso tem vivido e discutido isso nesse momento ímpar. É uma oportunidade para o Pará como um todo, não só para as regiões que pretendem se emancipar, mas a própria região mais antiga, remanescente também será muito beneficiada”, afirma o ex-senador.
Ele enfatiza que redivisão não é um projeto de retaliação. Ao contrário, é uma divisão de caráter administrativo, para facilitar a vida dos gestores e melhorar as condições de vida das pessoas que habitam essas regiões. “Eu creio que, nesse momento que antecede ao plebiscito, nós teremos tempo de debater com a sociedade a importância da criação do Estado do Carajás, da criação do Estado do Tapajós”, afirma o ex-senador.
Leomar Quintanilha denomina do governador do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos como seu “grande professor”, afirmando que foi ele o principal baluarte para a criação do Estado do Tocantins: “Eu era seu companheiro e o ajudei naquela época da criação do Tocantins e vivi com ele esses momentos iniciais de instalação de um novo Estado e o quanto foi bom para o Norte e para o Tocantins”.
Ele destaca ainda que Goiás, depois que se separou da região norte do Estado, que hoje é o Tocantins, cresceu muito e é atualmente uma das principais economias do País: “Esse é o grande momento de envolver a sociedade, todos os estratos sociais e segmentos econômicos. Todos devem abraçar esta causa, pois ela é importante para o cidadão, para a comunidade, para o Estado e para o País”. (Patrick Roberto e Eleutério Gomes – Correio Tocantins)




