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quinta-feira, 05 / junho / 2025

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TOCANTINÓPOLIS: Povo Apinajé ganha protagonismo em projeto inédito de material didático na língua indígena no Tocantins

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Em uma iniciativa considerada histórica para os povos indígenas do Tocantins, o Governo do Estado deu início à formação de professores indígenas que serão responsáveis pela produção de materiais didáticos na língua materna das oito etnias presentes no território, com destaque para o povo Apinajé, majoritariamente presente em Tocantinópolis. A ação integra o Programa de Fortalecimento da Educação Indígena (PROFE Indígena) e é conduzida pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Os encontros ocorrem nos dias 28 e 29 de maio, no campus Graciosa da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), em Palmas.

O projeto prevê a produção de 24 livros — três por etnia — que abordarão conteúdos voltados à língua indígena, cosmologia e saberes tradicionais. O diferencial está na autoria: os textos serão escritos por professores indígenas, selecionados por meio de processo seletivo, que também receberão bolsas para atuar na produção. Entre os participantes, educadores Apinajé com sólida trajetória acadêmica e profundo vínculo com a cultura de seu povo assumem papel central na elaboração das obras.

A professora Maria Aparecida Amnhàk Apinajé ressaltou a importância do momento como um marco para a valorização da identidade cultural indígena. “Estamos escrevendo nossas histórias com nossas palavras, na nossa língua. Isso fortalece a educação, mas também o orgulho de ser Apinajé. É um reconhecimento que há muito tempo esperávamos”, afirmou. A iniciativa rompe com a tradição de materiais impostos externamente e marca o início da valorização efetiva da perspectiva indígena na educação formal.

Atualmente, Tocantinópolis é uma das seis regionais da Seduc que atendem comunidades indígenas. A rede estadual de ensino conta com 96 escolas indígenas e mais de 6.300 estudantes. Para os povos originários, como os Apinajé, que mantêm uma relação histórica com o território e enfrentam desafios constantes de reconhecimento, ver sua língua e cultura oficialmente incorporadas ao currículo escolar é mais do que um avanço pedagógico — é um passo importante na luta pela preservação de sua identidade ancestral.

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