
Em Tocantinópolis, a Associação Indígena Apinajé Pyka Mex iniciou a primeira etapa do projeto “Guardiãs da Vida”, que capacita jovens mulheres do povo Apinajé para atuar na proteção de seus territórios e saberes tradicionais. A ação, apoiada pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e financiada pelo Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF), formou 27 participantes com foco em gestão territorial, valorização da cultura ancestral e fortalecimento da liderança feminina indígena.
A fase inaugural do projeto ocorreu com uma expedição educativa na região da Aldeia Prata, onde as jovens puderam identificar pontos estratégicos e vulneráveis do território, além de dialogar com anciãos e lideranças sobre desafios e práticas comunitárias. Durante o percurso, foram coletadas plantas medicinais, o que deu origem a uma aula prática e espontânea sobre os usos tradicionais desses elementos na medicina Apinajé.
A programação do projeto se estenderá até dezembro de 2025, com novas expedições, oficinas e intercâmbios voltados à gestão ambiental, enfrentamento das mudanças climáticas e preservação dos saberes indígenas. A proposta busca ampliar a atuação das mulheres indígenas como protagonistas na proteção da biodiversidade e na transmissão de conhecimentos culturais.
A Pyka Mex, sediada na Aldeia Prata, atua na Terra Indígena Apinajé promovendo ações ligadas à sustentabilidade, cultura e educação. Integrante da Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática, a associação reforça a importância das populações tradicionais na formulação de soluções socioambientais que respeitem os territórios e suas histórias.