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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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TOCANTINÓPOLIS: Aos 70 anos, estudante defende TCC e emociona universidade com história de superação

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A educação do campo e trajetória de Maria de Fátima ganharam destaque na Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), campua de Tocantinópolis, no Bico do Papagaio, durante a defesa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante de 70 anos, na semana passada, que celebrou um momento histórico no Auditório Babaçu. Vinculada ao curso de Licenciatura em Educação do Campo – Artes, Maria de Fátima apresentou um memorial autobiográfico que resgata sua jornada de retorno à escola após décadas afastada do ensino formal, configurando um dos relatos mais simbólicos já registrados no curso.

Com o título “Nunca é Tarde para Aprender: A história de vida de uma mulher preta que foi excluída do processo educacional de ensino”, o trabalho recupera a vivência de uma mulher negra camponesa, filha de quebradeira de coco babaçu, transformando sua experiência em ferramenta de resistência, reconstrução de dignidade e afirmação identitária. A banca avaliadora, composta pelas professoras Lindiane de Santana e Mara Pereira da Silva, destacou o caráter histórico e pedagógico do memorial, classificando-o como um documento de força e liberdade que ultrapassa o formato tradicional de um TCC.

A pesquisa também contou com a colaboração do acadêmico Vinicius Maciel, da LEDOC–Artes, que auxiliou a organizar e registrar a trajetória de Dona Fátima com sensibilidade e fidelidade às raízes comunitárias do curso. Segundo a orientadora, professora Iara Rodrigues da Silva, orientar o trabalho foi acompanhar “uma travessia de coragem, memória e ancestralidade”, reforçando que a universidade se fortalece quando acolhe histórias que dialogam com os saberes tradicionais do campo.

A defesa, aprovada com louvor, emocionou o público e reafirmou o papel da UFNT na promoção de uma formação inclusiva, humana e conectada às realidades sociais. Prestes a concluir a licenciatura em Artes, Maria de Fátima deixa como legado uma mensagem poderosa: aprender é sempre possível — e nunca é tarde para reescrever a própria história.

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