Após 26 meses de obras, a Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE) entrará este mês no seu primeiro grande marco: o desvio do leito do Rio Tocantins. A expectativa é de que a primeira ensecadeira da usina (uma espécie de proteção feita para a construção da casa de força e dos 14 vãos de regulação do nível da água do rio do vertedouro) seja retirada a partir do dia 19.
Com a mudança no leito do rio, a construção da usina – que terá capacidade de gerar 1.087 MW de energia -, entra na segunda fase das obras civis. Esse é o primeiro passo para a construção da barragem de represamento de água para o enchimento do reservatório de água da usina, que tem uma área total de 400 km².
A expectativa é de que o enchimento do lago seja iniciado no início do segundo semestre do ano que vem. Com a formação do lago da usina, são formadas as condições para operacionalizar a geração de energia em Estreito e, pelo cronograma atual, a estimativa é de que a primeira turbina comece a funcionar a partir do dia 1° de outubro de 2010, portanto daqui a pouco mais de um ano.
Conforme informações dos engenheiros do Consórcio Estreito Energia (Ceste), responsável pela construção da usina e formado pela Suez Energy, Vale, Camargo Corrêa e Alcoa, pelo menos 95% das obras civis do vertedouro e aproximadamente 40% da casa de força, onde ficarão as oito turbinas de geração de energia, já foram concluídas.
A previsão é de que todo o serviço de concretagem do vertedouro já tenha sido encerrado na segunda quinzena deste mês, faltando apenas a instalação das comportas dos 14 vãos da usina. As obras na Usina Hidrelétrica de Estreito (excluindo-se a fase relacionada à formação do canteiro de obras) foram iniciadas dia 15 de junho de 2007.
Vãos
Com a mudança no curso do leito do rio, parte da água do Tocantins passará por seis, dos 14 vãos dos vertedouros da usina, e, com o prosseguimento das obras de construção da parede da barragem, essa água passará, aos poucos, pelos outros oito vãos. A formação do lago ocorrerá no momento da conclusão das obras da parede da barragem e da estrutura da casa de força.
Em Itaipu, por exemplo, foram mais de seis anos desde o início das obras até a mudança do curso do rio. Estamos fazendo uma obra dessa magnitude em tempo recorde, comparou o engenheiro sênior do Ceste, Osvaldo Ferronato.
Os marcos principais do empreendimento, que podem dizer se estamos atrasados ou não, são: o desvio do rio, este ano, e o início da geração, em outubro do ano que vem. Então, esses marcos estão assegurados e isso quer dizer que a obra está no prazo previsto, acrescentou o presidente do Ceste, José Renato Ponte.
Destinação
A corrida para a conclusão das obras da Usina Hidrelétrica de Estreito tem um único significado: a alta demanda por energia. Tanto que a Suez Energy já vendeu a sua cota de participação (40,07%), em leilão ocorrido no ano passado.
A Vale (com participação de 30% no consórcio), Alcoa (participação de 25,49%) e Camargo Corrêa (participação de 4,44%) deverão utilizar a energia gerada em Estreito em suas unidades de negócios em todo o Brasil. Sobre a Vale, a expectativa é de que ela utilize a sua cota de Estreito para atender às unidades do Maranhão e Pará. A Alcoa também deverá usar a energia de Estreito para sustentar a fábrica da Alumar, em São Luís.
Além disso, a direção da hidrelétrica já manteve contatos com o Operador Nacional do Sistema Elétrico confirmando a operacionalização da usina para outubro do ano que vem. Apesar da crise, quando houve uma queda na demanda de energia, ela (a UHE) continua uma usina muito importante para a oferta de energia em todo o país. Tanto é que já estamos em contato direto com o operador nacional do sistema tratando do início da operação da usina. Ela é considerada uma fonte que estará operando no ano que vem. Este já é um fato concreto e irreversível, declarou o presidente do Ceste, José Renato Ponte.
Números relacionados à hidrelétrica impressionam
A usina impressiona não somente pela grandiosidade da obra, mas pelos números envolvidos diretamente nela. Atualmente, 8 mil pessoas estão trabalhando no canteiro de obras. Aproximadamente 80% desta mão-de-obra são de maranhenses e tocantinenses. Somente para ser ter uma idéia do que isso representa, a cidade de Estreito tem 27 mil moradores atualmente, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A obra tem um custo de R$ 3,6 bilhões e a estimativa é de que esteja gerando, atualmente, cerca de 25 mil empregos indiretos nas 12 cidades da área de influência da usina (Estreito, Carolina, Barra do Ouro, Goiatins, Itapiratins, Arquianópolis, Babaçulândia, Darcinópolis, Filadélfia, Palmeirante, Palmeiras do Tocantins e Tupiratins).
Ao todo, 3.100 propriedades deverão ser indenizadas em decorrência do enchimento do reservatório do lado. Ao todo, 90% das propriedades já receberam indenização. Ao todo, as questões sócio-ambientais devem custar aproximadamente R$ 300 milhões ao Ceste.
Atualmente, existem 120 empresas trabalhando diretamente na construção da Usina, e, entre as quais, não estão apenas empreiteiras. Também existem empresas de alimentação e segurança, por exemplo. Dessas 120, pelo menos 70% foram contratadas na área de influência da UHE.
Não nos importa a localização, o que importa é a qualidade. E essas empresas estão mostrando que têm qualidade para nos ajudar em um projeto como esse, declarou o presidente do Ceste, José Renato Ponte.
Materiais
Tecnicamente, os números também impressionam. O eixo longitudinal da Usina (casa de força, barragem mais vertedouros) chega a 1,5 km. Além disso, para construir a usina estão sendo necessários 200 mil toneladas de cimento, 40 mil toneladas de aço e 1 milhão de metros cúbicos de concreto. Sobre o concreto, por exemplo, esse volume seria suficiente para fazer a estrutura de 100 mil casas populares ou construir 20 pontes de 1 km cada uma, por exemplo.
Ainda na parte técnica, um outro número que impressiona é o de vazão de cada turbina, no momento da operação da usina. Cada uma terá capacidade de vazão de 680 m³/s, capacidade maior que o da usina de Turucuí. Somente para efeito comparativo, a vazão do Rio São Francisco é de 2.100 m³/s
Mais
A energia que será gerada em Estreito tem a capacidade de abastecer uma cidade de 4 milhões de habitantes. Ou seja, dois terços de todo o estado do Maranhão teria condições de ser abastecido apenas pela energia gerada em Estreito. (O Estado do Maranhão)
Fico pasmo com as ações de destruição ambiental que os gorvernos estao estabelecendo no Brasil, mas vem ai a Marina Silva mulher de fibra e defensora do meio ambiente. Estreito com a consttrução dda usina virou um verdadeiro campo de indigentes
Meu país se transforma em um dos principais agressores do meio ambiente é um apena, nossa diversidade vai ser consumida pela ancia dos capitalistas que só pensam em aumentar seus capitas
O Brasil precisa de energia vamos crescer e o Lula é o principal responsavel viva o PT
No futuro a própria natureza nos dará a resposta… aí veremos se formos beneficiados ou se promovemos a nossa própria destruição. É evidente que isso significa progresso (não para os tocantinenses, pois a nossa energia elétrica continua a mais cara do país), mas tudo tem o seu preço… às vezes se paga com a própria vida: aquecimento global e outros fatores, que certamente contribuirão para aumentar o sofrimento humano!!!!
Quero que o Lula seja o primeiro a sofrer as consequencia do efeito desvio do rio, o homem não tem direito de interferir nas obras da natureza, veja Lula o que o seu gasotuto causou no Alto Baú!!! Uma explosãaaaao, não foi a natureza que meteu o gasoduto lá!! E agora você acha que pode desviar um rio inteiro?? Tomara que a natureza se revolte para aqueles responsáveis pela obra!! Infelizmente inocentes vão sofrer também!! Mas Deus não dorme! Um dia cada um paga o que fez!!