O governo do Estado e o Ministério do Desenvolvimento Agrário lançaram nesta segunda-feira (3) o Plano Safra para Agricultura Familiar 2012/ 2013, que vai destinar aos agricultores do Pará mais de R$ 500 milhões para a atual safra, que começou no mês de julho. A cerimônia ocorreu no auditório do Banco da Amazônia (Basa) e teve a presença do governador em exercício, Helenilson Pontes, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, além de outras autoridades e trabalhadores rurais.
Helenilson Pontes e o ministro Pepe Vargas assinaram o acordo de cooperação institucional entre governo do Estado e o Ministério do Desenvolvimento Agrário celebrando o inicio da articulação institucional para o exercício das ações do Plano Safra 2012/ 2013. “O Pará tem dois grandes adversários, que são a pobreza e a desigualdade. Para vencê-los, precisamos estar juntos”, disse o governador em exercício.
“O Estado tem contribuído para o desenvolvimento do país com a sua produção, grande parte dela familiar, e também nas discussões para a preservação ambiental, reduzindo decididamente o desmatamento. O investimento na agricultura familiar demonstra que o governo federal está olhando para as pequenas economias do interior do Pará, considerando as peculiaridades da nossa região”, afirmou Helenilson Pontes.
Um dos maiores benefícios do Plano Safra no Pará é a ampliação de crédito para os agricultores que vivem do extrativismo. Para esta safra, os agricultores paraenses poderão captar até R$ 35 mil pelo Programa Nacional da Agricultura Familiar Floresta (Pronaf Floresta), 75% a mais que na temporada passada, quando o limite destinado aos trabalhadores foi de R$ 20 mil. O prazo para pagamento do credito varia de doze a 20 anos, com taxa de juros de 1% ao ano.
Hoje no Estado 41 municípios, com cerca de dois milhões de pessoas, têm no extrativismo a base da economia. O presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Atanagildo Matos, ressaltou o reconhecimento dos governos sobre importância da produção extrativista para a economia do Pará, destacando também a participação da mulher na cadeia extrativista. “São recursos que ampliam ainda mais a produção extrativista no Estado. Hoje podemos investir cada vez mais na aquisição de equipamentos, processamento e escoamento da produção”, enfatizou.
Segundo Pepe Vargas, os investimentos na agricultura familiar vêm crescendo ao longo dos anos, passando de R$ 3,9 bilhões, em 2002, para R$ 18 bilhões este ano. Um dos exemplos citados pelo ministro é o Programa de Aquisição de Alimentos, que vai destinar R$ 4,5 milhões para aquisição de produtos. Desde 2006, o programa já injetou mais de R$ 14 milhões na agricultura familiar paraense, tendo adquirido mais de oito mil toneladas de alimentos de quase cinco mil produtores familiares.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), implementado em 2009, também vai garantir a compra dos alimentos produzidos pelos empreendimentos familiares, ao valor de R$ 20 mil ao ano. “Nos últimos dez anos, os investimentos para a agricultura familiar tiveram um crescimento significativo, chegando hoje a R$ 18 bilhões só no Pronaf. Hoje um agricultor pode comprar um equipamento agrícola com juros de 2% ao ano. É um conjunto de políticas publicas que vem apoiando e ampliando a agricultura familiar”, destacou o ministro.
Durante a cerimônia foi feita a entrega de dois caminhões comprados com recursos do Programa de Apoio a Projetos de Infraestrutura e Serviços (Proinf). Um dos veículos foi doado para a Cooperativa Agroindustrial dos Agricultores Familiares do Nordeste Paraense, em Ipixuna do Pará, no nordeste paraense, e vai atender diretamente 300 famílias de agricultores. O outro caminhão foi para o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Mãe do Rio, na mesma região, onde cerca de 100 famílias serão beneficiadas.




