
A Operação Asfixia, coordenada pela Casa de Governo e com participação das Forças Armadas, Força Nacional, Ibama, Funai e outros órgãos federais, tem promovido uma ofensiva contínua contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY). Iniciada no dia 9 de junho com a destruição de uma pista clandestina no garimpo do Mucuim, a operação se expandiu por rios, estradas vicinais e áreas estratégicas, bloqueando rotas de abastecimento e desmobilizando estruturas de apoio à mineração ilegal.
Ao longo dos dias, bases operacionais foram instaladas em pontos-chave, como o garimpo do Rangel e a pista do Noronha, possibilitando patrulhamento terrestre, aéreo e fluvial. A destruição de pistas clandestinas, apreensão de cassiterita e rendição voluntária de garimpeiros marcaram o avanço da ocupação territorial. As ações também se estenderam para fora da TIY, com barreiras de fiscalização montadas em vicinais e áreas urbanas, incluindo apreensões em Boa Vista e Samaúma.
A presença constante das forças de segurança forçou o abandono de estruturas clandestinas e reduziu significativamente a atividade garimpeira. Em algumas áreas, aeronaves ilegais deixaram de operar, e marcas de fuga confirmam a retirada apressada dos grupos. Relatos de moradores e apreensões em pontos de apoio reforçam a eficácia da estratégia de sufocamento adotada pelas autoridades.
A operação também incluiu ações humanitárias, como o resgate de um garimpeiro ferido que havia sido deixado para trás por colegas em fuga. Com foco na retomada do controle do território e na desarticulação completa da cadeia logística do garimpo, o esforço conjunto já provocou uma queda de 96% nas áreas de mineração ilegal, segundo dados do Censipam. As operações permanecem ativas nas zonas mais remotas, com o objetivo de eliminar os últimos focos remanescentes.