A senadora Kátia Abreu (PMDB) admitiu sua disposição em disputar o governo do Estado e ressaltou a necessidade de um entendimento entre todos os pré-candidatos da oposição, que deverá ser feito até maio ou junho de 2014. A senadora recebeu uma equipe do Jornal do Tocantins no sábado, 26, para uma entrevista.
“Não quer dizer que nós teremos uma coligação única, mas é preciso agir com maturidade para que possamos chegar no momento das convenções numa grande e ampla frente de oposição ao governo atual”, avalia Kátia. Ela acha possível sair apenas uma chapa de oposição, desde que não haja intransigência da parte de ninguém.
Rompimento
Sobre o rompimento com o grupo político do governador Siqueira Campos (PSDB), a senadora ressaltou que trabalhou duro para sua eleição e que viu sua expectativa de um bom governo “ir por água abaixo”. Ela relatou que “o Tocantins vem sendo governado pelo ex-senador Eduardo Siqueira Campos”.
Ela disse ainda que, na campanha que elegeu Siqueira, “Eduardo teve que ficar afastado porque sua rejeição era grande e agora ele quer ser o único candidato”.
Kátia Abreu apontou ainda que a condução do governo decepcionou, já que os principais pontos levantados durante a campanha de 2010 continuam sendo problema. “Veja o caso da Saúde, onde a secretária comprou R$ 42 milhões em medicamentos com dispensa de licitação alegando urgência.” Para a senadora faltou planejamento e competência. “E talvez até honestidade. Tenho certeza que ela vai responder na Justiça por isso”.
Ela vai mais adiante e lembra da eleição municipal de Palmas, na qual o deputado estadual Marcelo Lelis (PV) foi derrotado por Carlos Amastha (PP). Para ela, o motivo da derrota foi o fato de Eduardo Siqueira ter subido no palanque.
Kátia Abreu disse que “o sonho do governador Siqueira Campos em fazer Eduardo virar governador tornou-se uma obsessão e disso eu não participo”. Ela acrescentou ainda que “ele já é o governador e está mal avaliado pela população”.
PMDB
Ao ser perguntada sobre os motivos que a levaram ao PMDB, Kátia Abreu afirmou que quando decidiu fazer oposição ao atual governo do Estado, constatou que precisava de um partido forte e considerou o PMDB como o mais forte do Estado.
Sobre a luta interna pelo comando do partido ela considera natural “por vivermos num país democrático e é preciso muita conversa para decisões”.
Ela citou como exemplo que o presidente do PMDB, deputado federal Junior Coimbra, pretenda sair candidato a vice numa chapa com Eduardo Siqueira. “A direção nacional e membros do PMDB do Tocantins sempre apostaram em chapa própria e acontecerá”, frisa a senadora.
Kátia disse ainda que se Coimbra refluiu daquela ideia e pretende ser candidato, é legítimo e será decidido democraticamente. “No atual momento, eu e o Marcelo Miranda (ex-governador do Estado) estamos bem avaliados, mas isso poderá ser conversado mais adiante, não só com o Junior Coimbra, mas com outros partidos”, ressaltou. (Jornal do Tocantins)




