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segunda-feira, dezembro 8, 2025
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Fazendeiros interditam a PA-275, entre Eldorado e Parauapebas

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A PA-275, que liga Parauapebas à Eldorado dos Carajás está interditada no município de Curionópolis desde o início da manhã desta sexta-feira, 13. Segundo as primeiras informações, desde às 13h desta quinta-feira, 12 o clima esquentou no acampamento Frei Henri, em Curionópolis. Cerca de 300 famílias de sem terras estão acampados em uma área cuja a posse está sendo discutida na justiça em um processo que já dura três anos.

Cerca de 40 fazendeiros interditaram a PA com paus e pneus. O congestionamento de veículos é grande nesse momento.

MST

Segundo a militante Dora, do MST, ontem, por volta das 13h, houve um chamamento no acampamento para juntar os agricultores para marcar a roça, ato que segundo ela é feito todos os anos. Para tanto, a direção do movimento solta fogos de artifício, o que seria um código para que os acampados se reúnam. Dora conta que quando estavam próximos ao local escolhido para a plantação, cerca de 50 homens, que ela qualificou de “pistoleiros”, começaram a disparar contra os sem terras. Sem ter como se defender, disse a liderança, todos voltaram para o acampamento. Segundo Dora, a noite toda os “pistoleiros” continuaram atirando contra o acampamento e que uma militante teria sido atingida por uma bala que, após ricochetear em uma pedra, teria raspado a perna da militante provocando um pequeno aranhão.

Dora informou ter um documento que supostamente libera a área conhecida como fazendinha para o MST. Segundo informou, tal documento teria sido fornecido pelo Programa Terra Legal, MDA e INCRA.

Fazendeiros

A versão dos fazendeiros que teria motivado a interdição da PA-275 dá conta que, há dias o dono da terra teria recebido a informação de que os acampados iriam invadir a sede da fazenda e que tal ação estava sendo monitorada. Ontem, informou Marcelo Catalão, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas, por volta das 15 horas, os acampados deram início da sede. Nesse momento o proprietário da área estava no local com outros três amigos e estes se deslocaram para o local, sendo recebidos à bala pelos sem terras. Inconteste, o proprietário, “em defesa do seu direito de propriedade” revidou atirando contra os invasores, que retornaram ao acampamento. Segundo informou o presidente do Siproduz, antes os acampados cortaram várias cercas.

Marcelo Catalão afirma desconhecer o documento citado pela militante Dora que supostamente daria a posse da terra para o MST. “Esta ação está na justiça desde 2010 e ainda não houve uma sentença determinando que A ou B têm a posse da terra”, disse o presidente.

A justiça já determinou a reintegração de posse ao fazendeiro, mas o governo do estado não liberou a tropa para o cumprimento da ordem. A assessoria jurídica do MST recorreu da decisão.

O clima é tenso no local. Não há previsão para a liberação da PA-275.

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