
A Frente Parlamentar Evangélica definiu, nesta quarta-feira 8, o novo líder do grupo. Trata-se do deputado Eli Borges (PL-TO), que comandará o grupo conhecido como bancada evangélica pelos próximos 6 meses. Depois, o controle dos parlamentares cristãos será feito por Silas Câmara (Republicanos-AM), também por 6 meses. No próximo ano, o revezamento se repete.
O anúncio da decisão, conforme registrou o site Poder360, foi feito por Cezinha de Madureira (PSD-SP) na reunião da bancada nesta manhã. No evento, o primeiro culto entre os deputados foi realizado.
Madureira, que já liderou a bancada evangélica em 2021, é apontado como o articulador do acordo. Quando comandou a Frente Parlamentar, o revezamento de poder também foi a saída adotada. Naquela ocasião, cada candidato ao cargo comandou o grupo por 1 ano, seu sucessor foi Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
A definição da liderança da bancada anunciada nesta quarta-feira ocorre após anulação da eleição da última semana no grupo. Naquela ocasião, quando Borges e Câmara disputaram votos, foram encontradas inconsistências no número de parlamentares aptos a votar.
Eli Borges é um contador ligado a ruralistas e pastor no Tocantins. Ele está no seu segundo mandato como deputado e já foi filiado ao Solidariedade. Borges já foi quatro vezes deputado estadual e concorreu ao cargo de prefeito de Palmas em 2020, mas amargou o terceiro lugar naquela disputa. Ele faz parte da igreja Assembleia de Deus.
Para chegar ao posto de líder, ele superou o favoritismo de Câmara, que contava com o apoio de boa parte dos integrantes da bancada. Veterano no grupo, Câmara já havia comandado a bancada em outra ocasião.
Estima-se que a bancada desta legislatura contará com 132 deputados (26% da Câmara) e 14 senadores (17%). A atual frente juntou 187 deputados e 30 senadores signatários. Nem todos são evangélicos de direita, como demonstra a presença da deputada Benedita da Silva (PT-RJ).