A Secretaria de Saúde de Imperatriz-MA se articula para definir logística de atendimento durante a campanha de vacinação contra o vírus HPV – Papiloma Vírus Humano – uma das principais causas de ocorrência do câncer do colo do útero.
Em reunião realizada na semana passada, representantes da Atenção Básica, Vigilância em Saúde, Rede de Oncologia do Município e Programa Saúde e Prevenção na Escola da Secretaria Municipal de Educação (Semed) discutiram as questões pertinentes à distribuição da vacina, bem como os locais e entidades de melhor abrangência do público-alvo.
“É necessário que estejamos bem organizados e articulados para atender toda a demanda necessária, visto que, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), o câncer de colo do útero é o terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, e a vacina contra o HPV é bastante eficaz, tendo em vista que seu percentual de proteção é de 98%”, ressaltou Socorro Ribeiro, coordenadora do Programa de Imunização do município.
A secretária de Saúde, Conceição Madeira, explicou que o maior desafio da Semus é mobilizar o público-alvo de Imperatriz sobre a importância de se vacinar e realizar o monitoramento de todas as doses aplicadas nas meninas para garantir o complemento do calendário vacinal. “Nossa preocupação é atender com qualidade seguindo as exigências do calendário de imunização”, informou.
A vacina contra o HPV passa a ser ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do mês de março, para meninas de 11 a 13 anos. De acordo com o que preconiza o Ministério da Saúde, cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo que a segunda, seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose.
Socorro Ribeiro participará esta semana de um encontro na Secretaria Estadual de Saúde, em São Luís, onde serão definidas datas e calendário das ações da campanha, assim como a quantidade de doses a serem distribuídas em Imperatriz.
No dia 11 deste mês, representantes dos programas vinculados à Semus que estão envolvidos nas ações se reunirão para acertar os detalhes a respeito da campanha e, a partir de então, disponibilizar as informações ao público.
A vacina estará disponível nos postos de saúde a partir de março pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esta é a primeira etapa da campanha que terá ainda mais duas fases. A segunda será em 2015, quando a vacina passa a ser oferecida para as meninas de 9 a 11 anos e a terceira em 2016 para as de 9 anos.
De acordo com o Ministério da Saúde, serão enviadas ao Maranhão 464,4 mil doses da vacina ao longo de 2014. As primeiras devem chegar este mês. A meta local é imunizar 221,1 mil meninas este ano.
Para atingir esta meta, a estratégia de vacinação será disponibilizar, além das doses nos postos e unidades da rede pública do país, vacinação nas escolas públicas e particulares. “São jovens de uma faixa etária que não gostam de frequentar postos de saúde. Pensando nisso, estamos incentivando a vacinação nas escolas”, destacou a Helena Almeida, chefe do Departamento de Imunização da SES.
Para orientar esta mobilização, o Ministério da Saúde distribuiu informe técnico aos estados e municípios e, em fevereiro, será iniciada a capacitação a distância aos profissionais de saúde e professores. Também está previsto reforço nas escolas sobre a importância da vacina para adolescentes, pais e professores, com distribuição do Guia Prático sobre HPV.
Doses
Cada menina deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo a segunda seis meses depois e a terceira cinco anos após a primeira dose. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as crianças de 9 a 11 anos e em 2016 às meninas de 9 anos.
No Maranhão, a meta é atingir 80% do público-alvo. A vacina contra HPV garante proteção de 98% contra o câncer de colo do útero. Na campanha será utilizada a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) de HPV.
Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo. O vírus HPV é uma das principais causas de ocorrência do câncer do colo de útero – terceira maior taxa de incidência entre os cânceres que atingem as mulheres.
A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global.




