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terça-feira, dezembro 16, 2025
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Audiência Pública discute transporte coletivo em Imperatriz-MA

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A Audiência Pública realizada na manhã desta quinta-feira, 9, na Câmara Municipal, discutiu as condições do transporte coletivo em Imperatriz. Na mesa, estiveram presentes representantes do legislativo, de movimentos sociais, das empresas de transporte, do Ministério Público e da prefeitura.

Com a plenária lotada de estudantes de diversas escolas estaduais, do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) e de outros usuários do transporte público, os manifestantes exibiam cartazes com frases pedindo um serviço de qualidade.

O estudante Jeremy Guimarães Alves, de 18 anos, foi o primeiro da plenária a falar. Segundo ele, existem seis razões para classificar o transporte coletivo de Imperatriz como de péssima qualidade, entre eles a falta de acessibilidade, atraso nos horários, atendimento de má qualidade e alto valor da passagem.

“Nós temos uma cidade de quase 250 mil habitantes, e esses são problemas que vêm se repetindo ao longo dos anos. Eu sou usuário de ônibus e já passei por diversos constrangimentos, como perder o ônibus por conta do atraso da empresa e fui barrado na escola”, conta.

O representante do Movimento pelo Transporte Público José Carlos de Almeida usou a Tribuna Freitas Filho para apresentar as pautas de solicitações dos estudantes, entre elas a diminuição da tarifa, que está no valor de R$ 2,70, e passe livre para os estudantes.

José afirma que todas as solicitações serão cobradas até que sejam atendidas. O militante analisa a Audiência Pública como positiva, em relação aos apoios assinalados por vereadores e o Ministério Público, embora haja resistência de outros segmentos.

“As falas dos vereadores estão indo na mesma direção, que é ajudar tanto no passe livre quanto na redução da tarifa. A gente vê uma resistência muito grande é de quem representa a prefeitura e das empresas de ônibus, que têm uma resistência muito grande”, analisa.

O diretor da empresa com 70% da frota da cidade, a Viação Branca do Leste (VBL), Denis Policarpo, afirma que as denúncias realizadas pelos manifestantes durante a audiência foram anotadas e serão resolvidas.

Quanto às propostas de passe livre e redução da tarifa, ele diz que, apesar de estar disposta a debater, a empresa não tem condições de pagar pelo serviço.

“A empresa não pode pagar por esse ônus. A gente espera por qualquer tipo de convocação de reivindicação junto ao município e ao Estado para que possamos sentar e ver realmente quem vai pagar essa conta”, afirma Denis.

Mateus Picoli, diretor da Aparecida, responde sobre a falta de acessibilidade apontada nos ônibus da empresa. Segundo ele, a frota deve ser renovada, mas existe o medo de a compra ser realizada e não haver verba para cobrir as despesas.

“Hoje, a receita está menor que a despesa. A gente não consegue um transporte de qualidade se a gente não tem uma receita e um plano de transporte que nos dê segurança de fazermos dívidas, investimentos”, diz Mateus, que afirma que a melhora só será possível, sem prejuízo para a população, com o apoio do poder público. “A obrigação de transporte, educação e saúde é da União, do Estado, do município. Eu sou só um prestador de serviço”, conclui.

Segundo o secretário municipal de Transporte, José de Ribamar Alves, a prefeitura e a secretaria estão discutindo o assunto para garantir um serviço de qualidade, com preço acessível à população.

O promotor do direito do consumidor, Sandro Bíscaro, afirma que a discussão e a busca por soluções precisa ir além da Audiência Pública.

“Se isso aqui não tiver depois um planejamento, um segmento, uma comissão composta por sociedade civil e poder público, para discutir e buscar soluções, não vai passar de choradeira. Temos que ter planejamento para poder seguir”, afirma Bíscaro, que lembra, também, que as contas devem ser analisadas para saber de onde poderá ser tirado dinheiro para financiar as reivindicações.

Da Audiência Pública ficou a proposta para a criação de uma comissão para organizar as pautas e buscar melhorias no transporte coletivo da cidade. (iMirante)

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