
Está sendo velado, nesta quarta-feira (14), em Araguatins, no Bico do Papagaio, o corpo do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), Raimundo Nonato Silva Oliveira, de 46 anos, mais conhecido como Cacheado. Ele foi assassinado a tiros enquanto dormia com a companheira, na madrugada desta terça, 13, em sua casa na Vila Cidinha, em Araguatins.
Três homens encapuzados são suspeitos do homicídio e ainda não foram encontrados. A companheira sobreviveu. O crime está sendo investigado pela 11ª Delegacia de Polícia de Araguatins.
Parentes, amigos e trabalhadores participam do velório na casa da vítima, onde ocorreu o homicídio, e dão o último adeus ao ativista. O enterro estava previsto para esta manhã, no entanto, o corpo demorou a ser liberado. Por isso, o sepultamento foi remarcado para às 16h.
Cacheado, ele tinha 46 anos e era militante da causa popular. Raimundo sofreu várias ameaças durante a vida. Há pelo menos 12 anos, ele foi baleado por pistoleiros e sobreviveu.
Segundo Edmundo Rodrigues Costa, agente da Pastoral da Terra, isso aconteceu quando ele liderava o acampamento Alto da Paz, na fazenda Santa Hilário, em Araguatins.
Um dos motivos para entrar no movimento foram perdas familiares também de forma violenta. Segundo a Defensoria Pública do Estado (DPE), o pai dele foi assassinado por pistoleiros quando ele ainda era criança.
A morte do ativista gerou comoção e pedidos por justiça. Nas redes sociais, perfis do MST nacional e regional lamentaram a morte do militante e cobram das autoridades que o crime seja solucionado.
“O MST exige justiça para Cacheado, que seus assassinos e mandantes sejam identificados, detidos e julgados, para evitar mais assassinatos no campo! Lutar não é crime! Basta de violência no campo!”, diz trecho da postagem lamentando a perda do integrante do movimento. (Com informações do G1)




