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quarta-feira, dezembro 31, 2025
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ARAGUAÍNA: Pesquisa revela que preço da carne pode variar mais de 100% no comércio local

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A divulgação de um novo levantamento de preços das carnes em Araguaína, feito pelo PROCON, escancara um cenário que vai além da simples comparação de valores: revela distorções relevantes no mercado varejista em um período de alta demanda. A pesquisa, realizada no fim de dezembro em sete estabelecimentos comerciais, analisou 32 tipos de cortes entre carnes bovinas, suínas, frango, peixes e linguiças, e mostrou que o mesmo produto pode custar mais que o dobro dependendo do local de compra.

Os dados chamam atenção principalmente para itens de consumo popular. Cortes como costela bovina dianteira, peito de frango e frango inteiro apresentaram variações superiores a 100%, indicando que o consumidor que não pesquisa pode pagar significativamente mais pelo mesmo produto. Embora o levantamento seja apresentado como ferramenta de orientação, ele também evidencia uma assimetria de informações que favorece o comércio e penaliza famílias com menor poder de escolha, especialmente em um período em que o consumo aumenta por razões culturais e sazonais.

Outro ponto que merece análise crítica é a frequência com que essas variações se repetem ao longo do ano. O monitoramento mensal ajuda a mapear o comportamento dos preços, mas não responde a uma pergunta central: por que diferenças tão expressivas persistem mesmo entre estabelecimentos que atuam na mesma cidade e sob condições semelhantes de mercado? A ausência de parâmetros mais claros sobre custos, logística e margens acaba transferindo toda a responsabilidade da economia para o consumidor, que precisa pesquisar para não arcar com valores inflacionados.

Além do preço, a pesquisa reforça aspectos que muitas vezes ficam em segundo plano, como qualidade, armazenamento e validade dos produtos. Esses fatores, embora menos visíveis, têm impacto direto na saúde pública e no direito à informação adequada. O levantamento cumpre um papel relevante ao estimular o comportamento coletivo de comparação e vigilância, mas também expõe a necessidade de um debate mais amplo sobre práticas comerciais, fiscalização contínua e equilíbrio nas relações de consumo em Araguaína, para que a economia não dependa apenas da atenção individual, mas de um mercado mais justo e transparente.

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