Durante uma sessão na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 11, em Palmas, o deputado estadual José Bonifácio (PR) falou sobre a briga que teve com um policial militar após uma partida de futebol, em Porto Nacional, no último sábado, 7. Ele disse que não agrediu o cabo da PM Averaldo Vianna até porque não tem condições físicas para isso. “Não dei empurrão e nem tapa em ninguém. Sou um idoso, aleijado, limitado. Não posso correr, nem me esconder”, argumentou o parlamentar.
Durante o discurso, Bonifácio disse que o filho dele de 11 anos viu toda a agressão e poderá servir como testemunha. Ele contou que foi agredido pelas costas porque foi contra a aprovação das progressões e promoções concedidas aos policiais militares, no fim da gestão do ex-governador Sandoval Cardoso (SD). “Fui abordado por um agente da lei para ser desmoralizado por causa do meu voto. Cadê meu direito constitucional que garante minha opinião, o meu voto?”, questionou.
Por causa da briga com o militar, Bonifácio disse que fica com medo de entrar até no banheiro da Assembleia Legislativa. “Onde está a minha segurança? Preciso eu andar cercado de guarda-costas? Que coragem tenho eu hoje de entrar no banheiro da Assembleia Legislativa, de um estádio, teatro, boate e bares?”. Ao final do discurso, ele pediu a averiguação dos fatos por parte da Polícia Militar.
Deputados lamentaram
Durante a sessão, outros parlamentares falaram a respeito do caso. O deputado Toinho Andrade (PSD) disse que no momento assistia ao jogo do Interporto contra o Tocantinópolis, juntamente com Bonifácio. “Terminou o jogo saímos caminhando. Eu parei para conversar com o deputado Junior Evangelista e o Bonifácio saiu mais à frente com o filho. Depois disso, não sei o que aconteceu, mas fiquei chateado. É lamentável”, argumentou.
O presidente da Assembleia Legislativa, Osires Damaso, disse que enviou um documento à Polícia Militar solicitando a apuração dos fatos. Na sessão, ele também sugeriu que todos os parlamentares assinassem um documento a ser enviado ao comandante da Polícia Militar no Tocantins.
Na última segunda-feira, 9, a PM já tinha divulgado nota informando sobre a investigação do caso. A corporação disse que vai instaurar uma sindicância para averiguar os fatos envolvendo o militar. O procedimento administrativo tem um prazo de 30 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por mais 20 dias. (G1)




