O atendimento médico em São Luís ainda enfrente muita desorganização e a espera nas filas ainda parece interminável. Na última quinta-feira (26), quem foi à Central de Marcação de Exames e Consultas de São Luis encontrou filas e muita dificuldade no atendimento. Quando o paciente, enfim, consegue marcar uma consulta, o transtorno não se encerra, porque ele terá que enfrentar a superlotação dos hospitais, a falta de profissionais, medicamentos e infraestrutura.
Em São Luís, a promotoria especializada em saúde a tomar uma atitude. No dia 18 de junho, a justiça determinou a interdição parcial do hospital Clementino Moura, o Socorrão II, depois que recebeu do Ministério Público um relatório com várias irregulares encontradas durante vistorias.
A promotoria da saúde disse que a decisão da justiça é um retrocesso e que vai recorrer. O promotor denunciou ainda a existência de escravidão branca em hospitais públicos e privados. “Nós já temos representação, inclusive do Conselho Federal de Enfermagem, denunciando a ‘escravidão branca’, no que diz respeito ao corpo de enfermagem e de técnicos de enfermagem nos hospitais públicos e privados da capital”, revela o Promotor de Justiça de Saúde, Herbert Figueiredo.
Entrevista
Em entrevista ao Bom Dia Mirante, nesta terça-feira (01), a secretária-adjunta de Saúde de São Luís, Silvia Cristina Viana, rebateu a informação de exploração de mão-de-obra, afirmando que, de forma alguma, há escravidão na rede municipal de saúde. “Nós temos mesas de diálogo, de negociações, permanentemente, com agentes comunitários, de endemia, de enfermagem. Escravidão, não”, enfatiza. A secretária convida, ainda, a toda população para avaliar a situação da saúde do município e fazer as reclamações pertinentes por meio dos canais da ouvidoria da Prefeitura de São Luís. (G1 MA).




