A Polícia Civil divulgou nessa quarta-feira (4) os laudos de dosagem alcoólica etoxicológica da condutora Patrícia Reis, que atropelou dez pessoas em uma parada de ônibus da avenida Augusto Montenegro no último dia 15 de maio, em Belém. O laudo toxicológico apontou a presença de um medicamento que provoca sono e tontura. O laudo de dosagem alcoólica apresentou resultado negativo. Quatro pessoas morreram no acidente.
De acordo com o Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves, foi encontrada a substância Clonazepan, que tem como efeito colateral o fato de provocar sono de forma rápida e intensa, além de diminuir o reflexo e a atenção. Entretanto, para o delegado Jurandir Figueiredo, que acompanha o caso, o resultado não deixa claro se a substância causou o desmaio sofrido pela condutora no dia do acidente.
“A gente não pode afirmar, a não ser que um especialista diga que o medicamento encontrado foi tomado naquele momento”, disse o delegado Figueiredo. Segundo ele, será preciso retornar ao CPC para comprovar se os efeitos provocados pelo medicamento tem relação com o mal estar sofrido pela condutora quando perdeu o controle do veículo.
Especialistas afirmam que o remédio é controlado, e é usado para combater a depressão. Na bula do medicamento existe a advertência para que os pacientes não realizem operações perigosas, como dirigir veículos. Familiares da motorista afirmaram em depoimento que ela teria usado a medicação por volta de 6h30 da manhã do dia do acidente.
Entenda o caso
De acordo com a polícia, Patrícia Reis, de 46 anos, teve uma baixa de glicose e de pressão, e perdeu a consciência. Desgovernado, o automóvel invadiu o canteiro e atingiu pedestres que estavam no ponto de ônibus. No momento da colisão, morreram Edivaldo Castro de Olveira, 28 anos, Maria Estelina da Silva, 55 anos, e Raimunda Barros Ribeiro, 63 anos. (G1 PA)




