As outras três vítimas de um acidente de trânsito na BR-153, envolvendo uma van escolar e um caminhão-tanque, continuam internadas no Hospital Regional de Araguaína, no norte do Tocantins. Ao todo, foram oito vítimas. Segundo informações de parentes, elas estão na unidade desde o dia 6 de maio, data do acidente, aguardando a realização de cirurgias, que ainda não foram feitas por falta de materiais hospitalares.
O pai de Yago Sousa da Silva, de 11 anos, se emocionou ao falar sobre a situação do filho. O menino machucou o rosto e teve uma fratura na perna. “Ele está com uma perna cerca de 10 cm menor do que a outra. E está muito inchada, quase preta já. Sem essa cirurgia meu filho corre risco de perder a perna”, conta o lavrador Tiago Fernande da Silva.
O lavrador diz que a informação que o hospital repassa é sempre a mesma. “Eles falam que não tem material. Se você for lá vai ver que não tem material mesmo. Então não é culpa dos médicos. Pelo menos é o que eu acho. Só quero que ele seja operado”, argumenta.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), o menino não foi operado porque o estado de saúde dele ainda é delicado. O órgão negou a falta de materiais hospitalares. Conforme a Sesau, no caso de Yago são próteses específicas que já foram adquiridas e a previsão é que o menino seja operado nesta segunda-feira (19).
Entenda
Três pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas após um acidente no dia 6 de maio, no km 146 da BR-153, em Araguaína, norte do estado. Alan Carlos Souza Costa, de 27 anos, que tinha síndrome de down, foi uma das vítimas fatais do acidente. A estudante Norana da Silva Santos, de 12 anos, foi socorrida e levada ao Hospital Regional da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Matheus Dias da Costa, de 14 anos, também chegou a ficar internado na unidade de saúde, mas morreu dois dias depois. Dos feridos, o estado de saúde dele era o mais grave.
Segundo a Secretaria de Educação de Araguaína, a van escolar pertence ao órgão e transportava alunos da rede estadual de ensino por causa de um convênio firmado entre o estado e o município. O veículo seria administrado por uma empresa terceirizada de Gurupi. De acordo com a empresa, a van e o motorista estariam aptos a fazer o transporte de estudantes nas rodovias e estradas vicinais.
O motorista do caminhão fez o teste do bafômetro, que não registrou o consumo de álcool. Ele vai aguardar a conclusão das investigações em liberdade, segundo a Delegada Regional de Polícia Civil, Antônia Ferreira. (Fotos: G1 e Weberson Azevedo)
