Só falta decidir a data e a hora: vai ter clássico Re-Pa na semifinal do segundo turno do Campeonato Paraense. O jogo, que poderá colocar o primeiro pé do Remo na Série D do Campeonato Brasileiro ou encaminhar o 43º título paraense do Paysandu, segundo a tabela do Parazão, deveria acontecer no próximo sábado, às 18 horas. O dirgente bicolor Maurício Maciel garante que a data será mantida, mas com início às 16 horas, arbitragem da Fifa e 35 mil ingressos à venda, decisão respaldada por um acordo entre as presidências dos clubes. Mas a Polícia Militar deverá convocar uma reunião hoje para ratificar a decisão. Certo mesmo é que o Leão tem a vantagem para chegar à final do turno: um empate classifica o time azulino para decidir quem leva a taça contra o vencedor do confronto entre o Águia e Cametá, a pedra no caminho dos remistas.
O caminho para se chegar ao clássico na semifinal, o que de certa forma frustra os dirigentes de Papão e Leão, que preferiam o confronto em uma final, foi cheio de altos e baixos. Com Águia, Paysandu e Cametá vencendo suas partidas na rodada do sábado passado, as semifinais ficariam: Águia x Remo, com o Azulão jogando pelo empate, e Paysandu x Cametá, com o papão jogando pelo resultado igual. Mas Landu empatou o jogo em Marabá, em 1 a 1, e a combinação voltou a ser a mesma projetada pela penúltima rodada: Re-Pa no Mangueirão, com vantagem azulina, e Águia x Cametá no Zinho de Oliveira, com o benefício para o Azulão. Os bicolores venceram o Pantera por 3 a 0. O Cametá goleou o Ananindeua por 4 a 0.
Maurício Maciel assegurou que não há nenhuma possibilidade de o clássico ser adiado para o domingo, como chegou a ser especulado sábado, após a última rodada da fase classificatória, que definiu os confrontos da penúltima fase do returno. “O martelo está batido e não tem como voltar atrás”, afirmou. A ideia de adiar o jogo partiu do diretor técnico da Federação Paraense de Futebol (FPF), Paulo Romano, mas acabou não prevalecendo. Maciel argumenta que o jogo no domingo, quando se comemora o Dia das Mães, afastaria os torcedores do Mangueirão.
Landu
A palavra retrocesso foi utilizada para definir a contratação do atacante e xodó da torcida do Remo Landu, quando o folclórico jogador retornou ao clube no final do primeiro turno. Ainda fora de forma, ele demorou a reencontrar o ritmo, mas, se mostrou decisivo nas últimas partidas do Remo em busca da classificação para as semifinais do segundo turno e Série D do Campeonato Brasileiro. Agora, quando mais do que nunca será fundamental, Landu quer mostrar que Re-Pa é com ele mesmo.
Da volta para casa, quando o Remo via o título do primeiro turno escapar, justamente quando tinha a melhor campanha, Landu foi ovacionado pela torcida azulina. O ambiente era favorável: Giba, o técnico que apostou no atacante em 2006, assumia a equipe. Na sua apresentação, os torcedores invadiram o Baenão para celebrar o retorno das duas peças. E Landu mostrou que a torcida estava certa. No sábado passado, depois de marcar o gol de empate do Remo em Marabá, contra o Águia, lembrou o que era ser ídolo. “Foi um jogo difícil. Todo mundo sabe da qualidade do Águia e é complicado enfrentar eles aqui dentro. Ainda mais com esse calor enorme. Mas nossa equipe fez uma grande partida. Eu sei que o Landu não se apresentou muito bem hoje, mas fez o que pode”, disse o atacante, que aproveitou para elogiar a atuação do volante Didão: “Ele entrou muito bem. Chutou uma bola no gol, o goleiro não segurou e eu marquei”.
Agora, falta para Landu o prato principal: o Re-Pa. “Vamos para o clássico com toda a motivação. Temos a vantagem de empatar, mas precisamos saber jogar com essa vantagem. O empate é um resultado perigoso, vai fazer eles virem para cima. Mas nós vamos para cima também”, disse o atacante. (O Liberal)




