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sábado, dezembro 6, 2025
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PARÁ: Belém tem uma bomba de gás enterrada

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A tragédia que afetou a cidade carioca de Niterói, onde um deslizamento de Terra no Morro do Bumba matou cerca de 100 pessoas, só não se repete em algumas áreas de Belém graças ao relevo. A afirmação é do geólogo e professor de Mineralogia e Geoquímica da Universidade Federal do Pará (UFPA), Marcondes Lima da Costa. O especialista enumerou três pontos críticos da capital paraense que hoje abrigam casas e conjuntos residenciais, mas que um dia já foram grandes depósitos de entulho e lixo doméstico.

O especialista garante que o interesse pelo assunto foi despertado depois que tantas pessoas foram prejudicadas em várias cidades cariocas. A cena também se repetiu em outros estados do país, entre eles São Paulo e Bahia. “Belém não possui morros. O que mais se aproxima dessa condição fica na avenida perimetral, ao lado do colégio NPI. Ali, o entulho foi apenas coberto por piçarra, o que formou uma ladeira de aproximadamente dez metros. Não deixa de oferecer alguns riscos, já que, para chegar à parte de baixo do terreno, é preciso descer o barranco”, explica Marcondes.

O especialista conta que o deslizamento no morro carioca aconteceria em qualquer lugar do mundo caso se repetissem as circunstâncias geográficas no Rio de Janeiro. “Quando o lixo orgânico se acumula entre a parte sólida de um solo e a parte mais fofa, aquela que foi aterrada, inevitavelmente surge um espaço vazio entre essas duas camadas porque, mesmo coberto, o composto orgânico não deixa de se decompor. Com as chuvas, no entanto, essa situação se agrava e desgraças como a verificada em Niterói tornam-se praticamente inevitáveis”.

Em Belém, duas condições favorecem esse tipo de risco: o alto índice de chuvas e as áreas ocupadas irregularmente. Além do espaço ao lado do NPI, o professor Marcondes aponta a longa extensão da avenida Tucunduba, no bairro da Terra Firme, onde dois conjuntos do programa Minha Casa Minha, do Governo Federal, estão sendo construídos, como outro caso típico de “despreparo”. Uma terceira área, na rua José Pio, próximo ao canal da 14 de abril, na Pedreira, também é classificada pelo especialista como perigosa para moradia. (O Liberal)

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