Lideres araguatinenses estranharam a iniciativa do Ministério Público Estadual (MPE), de Augustinópolis, em não convidar nenhum representante da Prefeitura Municipal, sociedade civil ou Câmara Municipal, para participar da Audiência Pública que debaterá a transferência provisória de parte do atendimento do Hospital Regional de Augustinópolis para Araguatins.
O MPE realiza o evento nesta quarta-feira, 18, às a partir das 9h, na Câmara Municipal de Augustinópolis e convidou representantes dos municípios de Augustinópolis, São Sebastião do Tocantins, Esperantina, Carrasco Bonito, Praia Norte e Sampaio.
O grupo araguatinense pediu para que nomes não fossem mencionados na reportagem, para que o ato não tome conotação política e criticou a postura da promotoria. “É inadmissível se propor uma reunião dessas sem convidar representantes de Araguatins. Essa transferência vem se arrastando há tempos, daí o MPE vai debater o assunto e não chama o município recebedor para discutir?”, questionou um dos membros do grupo.
Outro ponto questionado é a demora na transferência do hospital, que se arrasta há mais de um ano. O grupo apontou que o Governo do Estado paga desde junho deste ano, o aluguel do Hospital Nossa Senhora Aparecida, mas nunca colocou a unidade de saúde para funcionar. O grupo apresentou cópia do Diário Oficial do Estado, que comprova que a Secretaria de Estado da Saúde (SESAU), firmou um contrato de locação do imóvel para funcionamento dos serviços de obstetrícia e pediatria do Hospital de Referência de Augustinópolis, no valor de R$ 264.000,00 (duzentos e sessenta e quatro mil reais), totalizando R$ 22 mil (vinte dois mil reais) por mês, mas até agora nenhum serviço foi implantado no local. “Olha o contrato é de 12 meses e já se passaram 6, ou seja, a metade do contrato já foi cumprida e o hospital não funciona”, comentou o grupo que questionou, “Seria importante o promotor realmente agir de forma prática e cobrar do Governo esse dinheiro que até agora não teve retorno prático para a população do Bico e de Araguatins. O Governo fala em conter gastos, mas já jogou fora seis meses de aluguel que totalizam mais de R$ 130 mil”.
“É importante lembrar aqui, que ninguém é contra o aluguel do Hospital Nossa Senhora Aparecida, aliás, entendemos que é o único lugar adequado para receber e prestar os serviços à população. O que não admitimos é o Governo ficar enrolando, gastando dinheiro publico com aluguel e não prestar o serviço para a população. Isso mostra incompetência”, finalizou o grupo.





