Começam a ser abertos nesta segunda-feira, 7, os envelopes do processo de intenção para uso das áreas produtivas do Parque Aquícola da Usina Hidrelétrica Lajeado. São 263 áreas destinadas à criação de pescado em cinco parques. A estimativa é que resultem em mais de 22 mil toneladas anuais de peixes, de espécies como pacu, piauçu, pirapitinga, lambari, pirarucu, pirarara, jurupensém e tambaqui, criando aproximadamente dois mil empregos na região.
A área destinada à concorrência pública é de 133 hectares de águas sob domínio da União. O Parque Aquicola da UHE do Lajeado abrange os municípios de Brejinho de Nazaré, Ipueiras, Porto Nacional, Miracema e Palmas. Dos cinco parques aquícolas, quatro correspondem a áreas não-onerosas, sendo eles Brejinho 1 e 2, Miracema-Lajeado e Sucupira. As áreas onerosas estão localizadas no parque Santa Luzia 4. O procedimento de abertura dos envelopes dos concorrentes é realizado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, localizado na Avenida Teotônio Segurado em frente a loja Ferpam.
Segundo o coordenador de Aquicultura do Instituto de Desenvolvimento Rural (Ruraltins), Alexandre Godinho, a criação dos parques irá duplicar a produção de pescado no Tocantins. “A produção do Estado está em torno 12 mil toneladas de peixe, com esses cinco parques que foram liberados a capacidade de produção passa a ser de aproximadamente 22 mil toneladas, dobrando o valor atual”, destaca.
Ainda de acordo com Godinho, a criação dos parques aquícolas significa agilidade no processo de criação de peixe. “O tanque rede é uma atividade da piscicultura muito rápida, pois o lago já vem licenciado, com área, lotes e espécies definidas, a velocidade com que você vai começar a produzir é muito acelerada”, ressalta.
Plano Safra
Conforme o coordenador, o Plano Safra da Pesca e Aquicultura está com investimento na ordem de R$ 4,1 bilhões. Os recursos do Plano Safra são acessados por meio da apresentação de projetos junto a bancos públicos, que oferecem juros abaixo da inflação e das taxas praticadas pelo mercado, com três anos de carência e dez anos para a quitação do empréstimo. Além do investimento financeiro, o Plano oferece apoio complementar aos aquicultores, como assistência técnica, modernização das atividades de comercialização do pescado e desenvolvimento da pesquisa e da inovação, além da compra do pescado por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).




