A intensa disputa pelo controle do PMDB no Tocantins, marcada pela cisão entre o atual presidente da sigla no Estado, o deputado federal Júnior Coimbra, e o grupo dos peemedebistas “Autênticos”, composto pelo ex-governador Marcelo Miranda, pelo deputado federal Osvaldo Reis, pela deputada estadual Josi Nunes e por lideranças como o ex-prefeito de Palmas Derval de Paiva, ganhou um capítulo mais ameno nesta quinta-feira, 19.
Após pedido da Executiva Nacional, representada pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), os dois lados entraram em consenso e ficou mantida a eleição para o diretório estadual do partido que deve acontecer no próximo dia 11.
Coimbra continua presidente até lá e fez valer a vontade de ter um dos deputados estaduais como o indicado para sucedê-lo. O nome aceito pelo lado dos “Autênticos” foi o do deputado estadual Eli Borges. “O nome do Eli foi aceito porque ele representa uma neutralidade, agrada os dois lados e sela o consenso”, afirmou Coimbra, por telefone ao Jornal do Tocantins.
Procurado, o deputado Eli Borges confirmou que foi sondado por ambos os lados e recebeu o convite para participar das eleições para o diretório estadual do PMDB. “Eu me mantive distante das discussões que aconteceram em Brasília e até mesmo por isso fui visto como um nome de consenso. Agora é aguardar as determinações da Executiva Nacional”, disse Borges.
Segundo o deputado federal Osvaldo Reis, o acordo entre os dois segmentos partidários vai permitir que o PMDB se reestruture. “Essa foi a maior preocupação do Michel Temer e do presidente nacional do partido, o senador Valdir Raupp (RO).”, disse Reis, também por telefone.
Kátia Abreu
A ida da senadora Kátia Abreu (PSD) para o PMDB, que recebeu convite do próprio Michel Temer, dada como certa há poucos dias atrás também sofreu reviravolta. A parlamentar anunciou que fica no PSD após se aconselhar com a presidente Dilma Rousseff (PT) em viagem realizada ontem à cidade de Rondonópolis (MT).
Em entrevista Kátia Abreu afirmou que sua intenção foi de “não tumultuar mais ainda o cenário interno do PMDB”. A senadora ainda comentou sobre sua relação com o governo estadual. Em meio às especulações sobre sua saída para o PMDB, o seu filho, o secretário estadual de Desenvolvimento Agrário e Regularização Fundiária, e deputado federal licenciado, Irajá Abreu (PSD), teria sido comunicado pelo governador Siqueira Campos (PSDB) sobre sua exoneração. A senadora classificou o ato de “uma precipitação por parte do governo que eu apoiei nas eleições sem pedir nada em troca”. Na tarde de ontem, a assessoria do deputado Irajá Abreu confirmou que o parlamentar se despediu de sua equipe da Sedarf e aguarda a exoneração ser publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). (Jornal do Tocantins)




