A maioria dos policiais civis do Estado decidiu ontem, sexta-feira, 26, em assembleia geral realizada na sede do Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sipocito), acabar com a greve, que teve início no último dia 11. A reunião aconteceu por volta das 18 horas e durou mais de uma hora. Os policiais aprovaram a proposta do governo, repassado ontem no período da manhã ao Sipocito, onde logo no próximo mês o piso salarial da categoria sobe de R$ 2.290,00 para R$3.000,00 e em julho de 2011 o piso será de R$ 3.500,00.
A assembleia foi marcada por muita tensão e confusão, já que os policiais estavam divididos entre aqueles que queriam o fim da greve e os que pretendiam continuá-la. Durante a reunião, a presidente do Sipocito, Nadir Nunes, falou à categoria que a maioria dos policiais dos municípios de Araguaína, Gurupi, Pedro Afonso, Ananás, Arraias e Miranorte havia decidido aceitar a proposta e acabar com a greve.
A presidente do sindicato ressaltou que a proposta não era a esperada pela categoria. “Não é o ideal, mas nós aderimos à manifestação da maioria, que aceita a proposta do governo, e consequentemente acaba com a greve”. Nadir frisou também que a partir de hoje os policiais voltam normalmente às suas atividades.
Governo
De acordo com o secretário-chefe da Casa Civil, Antônio Lopes Braga Júnior, não tinha mais como o governo avançar com a categoria, já que também estava negociando com perito, médico legista e com delegados, que são outras categorias. Braga ressaltou ainda que a dificuldade de se negociar com a Polícia Civil é que eles têm divisões dentro da polícia e diferenças salariais que foram se distanciando ao longo da carreira, por isso a categoria queria atualizar essa diferença e o Estado não tem condições orçamentárias.
Ao ser questionado sobre as providências que o Estado vai tomar de agora em diante, Braga afirmou que o governo vai conversar com a presidente do sindicato para protocolar projeto de reajuste e a partir daí vão decidir quais serão os próximos passos. Quanto ao desconto dos dias trabalhados, Braga frisou que é o governador, Carlos Henrique Gaguim (PMDB), quem vai tomar a decisão final.
O desconto é um dos pontos abordados pela juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública, Adelina Gurak, em sua decisão, no último dia 18, sobre a ação movida pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). A juíza não só afirmou que o governo poderia descontar os dias, como considerou a greve ilegal e determinou o retorno imediato dos policiais ao trabalho. (Ana Paula Oliveira – JT)




