Técnicas do Ministério da Saúde se reuniram, na tarde desta quarta-feira (12), em São Luís com representantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) para discutir proposições sobre o projeto Vida no Trânsito, que está sendo implantado em diversas capitais brasileiras.
Participaram da reunião as técnicas Cheila Marina de Lima e Marta Maraia Alves da Silva, do Núcleo de Doenças Agravos não Transmissíveis (DANTs) da Superintendência de Vigilância do Ministério da Saúde, órgão que coordena o Projeto Vida no Trânsito, e o secretário adjunto de Vigilância em Saúde da SES, Alberto Carneiro.
De acordo com Cheila Lima, o projeto tem como foco os fatores de risco álcool e direção e velocidade excessiva inadequada que levam a mortes e acidentes no trânsito. “A implementação das informações com relação aos fatores de risco – como qual a principal faixa de risco, os pontos mais propícios a acidentes, que dias da semana acontecem – possibilitarão fazer as intervenções de maneira interssetorial, a partir de evidências cientifica e com a possibilidade de resultados mais concretos”, assinalou.
Alberto Carneiro destacou o andamento do projeto em São Luís. “Em 2010 foram liberados pelo Ministério da Saúde R$ 500 mil, dos quais R$ 250 mil foram destinados ao Estado que, por sua vez, investiu em capacitações, oficinas e sensibilização de motoristas, motoqueiros e pedestres para chamar a atenção para a problemática do trânsito. O projeto Vida no Trânsito vem reunir diversos órgãos e a sociedade para organizar políticas públicas voltadas para este segmento”, disse.
Projeto – O Projeto Vida no Trânsito é uma ação interministerial desenvolvida em parceira com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Bloomberg Philanthropies, fundação internacional de promoção de atividades na área social.
O principal objetivo do projeto é reduzir lesões e óbitos no trânsito em municípios selecionados por uma comissão interministerial. No Brasil, as primeiras cidades que receberam o projeto foram Teresina (PI), Palmas (TO), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR), ainda em 2010.
“Observamos que estas experiências deram certo, que houve uma redução e estabilização no número de ocorrências e, desta forma, o projeto foi expandido. Nossa meta, este ano, é implantar em 20 capitais brasileiras”, disse Cheila Lima.
O projeto foi dividido em duas etapas. A primeira foi iniciada em 2010 e se encerrou em 2012. Nestes dois anos as cidades selecionadas desenvolveram experiências bem-sucedidas na prevenção de lesões e mortes provocadas pelo trânsito.
A segunda etapa será realizada até 2014 e nesta fase os municípios participantes estruturarão mecanismos de monitoramento e avaliação das atividades e dos resultados alcançados.
“O bom é que o projeto é avaliado pelas comissões a cada três meses, quando são analisados os resultados e, se houver necessidade, readequando as ações a partir do que deu ou não deu certo”, salientou Cheila Lima.
O Projeto Vida no Trânsito teve origem com a escolha do Brasil para integrar uma ação global chamada Road Safety in 10 Countries (RS 10), coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Opas, e financiada pela Bloomberg Philanthropies. Os objetivos são estimular, nos países financiados, ações de prevenção a lesões e mortes no trânsito e aumentar a capacidade de avaliar os projetos.
Além do Brasil, a OMS e a Bloomberg Philanthropies selecionaram outros nove países para implantar projetos de segurança no trânsito: Rússia, Turquia, China, Egito, Índia, Camboja, Quênia, México e Vietnã. Esses países foram escolhidos em função da alta taxa de mortalidade causada pelo trânsito, pois, juntos, respondem pela metade das mortes no trânsito em todo o mundo.




