Após oito dias de paralisação dos professores das redes estaduais de educação do Tocantins, foi acertado, ontem à noite, em reunião realizada na Secretaria Estadual de Educação e Cultura (Seduc), o fim da greve da categoria. O acordo foi o desfecho de uma longa negociação envolvendo os representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado (Sintet) e do governo, que chegaram a um consenso e acertaram o reajuste salarial para dois momentos, sendo o primeiro em abril, com um aumento de 16,71%, seguido por outro de 2%, que virá a ocorrer em maio, que, somados aos 5% de outubro de 2009, alcançariam a porcentagem final desejada pela categoria.
De acordo com o presidente do Sintet, José Roque Santiago, como a proposta apresentada alcança o valor desejado pela categoria, a decisão de rompimento da greve não precisará ser votada em uma nova assembleia, o que remete à retomada imediata das aulas nas unidades estaduais de ensino.”Este acordo atende exatamente ao que queríamos, e, por isto, como determinado na última assembleia, uma nova reunião não se faz necessária. Hoje, quarta-feira, 17, mesmo as aulas voltarão à normalidade, e nós garantimos a reposição integral de todas as que não foram dadas durante os oito dias de greve.”
Segundo o secretário estadual de educação, senador Leomar Quintanilha (PMDB), o desfecho positivo das negociações mostra o respeito que o governo tem com a categoria, e que os pontos pelas ausências não serão cortados, contando, para isto, com o compromisso dos professores em relação à reposição das aulas.
“Nós sempre afirmamos que achávamos justa a reivindicação dos professores, e este esforço do governo pelo acerto apenas comprova isto, já que, financeiramente, não passamos por um momento tão favorável. Agora, esperamos que um calendário de reposição das aulas seja criado, isto para que nenhum aluno fique no prejuízo.”
Segundo o Sintet, cada escola ficará responsável pela elaboração do calendário de reposição das aulas para que seja levado em consideração a contextualidade de cada unidade. (Marcus Mesquita – JT)
