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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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PARÁ: Trânsito de Marabá causa transtornos

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O município de Marabá, localizado a 530 quilômetros de Belém, no sudeste do Estado, já sofre as consequências do crescimento populacional e econômico dos últimos anos em seu trânsito, cada vez mais complicado. Dados fornecidos pelo Departamento Municipal de Trânsito (DMTU) apontam para uma frota registrada de 46 mil veículos no município. No entanto, sabe-se há pelo menos mais 20 mil veículos que rodam pela cidade com placas do Tocantins.

Um estudo elaborado pelo governo do Estado e encaminhado ao Ministério dos Transportes constata que os congestionamentos são cada vez mais constantes e extensos, e os acidentes de trânsito muito comuns especialmente no trecho da rodovia BR-230 (Transamazônica), entre os quilômetros 119 e 125, em particular na ponte sobre o rio Itacaiúnas, que atravessa a cidade em pista simples e é o único acesso entre os três núcleos de Marabá.

A ponte sobre o rio Itacaiúnas, com 100 metros de extensão e capacidade máxima para 70 toneladas, com duas faixas de tráfego, está em processo de duplicação, com conclusão prevista para o segundo semestre de 2010. No entanto, o mesmo estudo elaborado pelo Governo indica que esta obra não será suficiente para resolver o problema do trânsito em Marabá. São 18 mil veículos por dia trafegando na ponte sobre o rio Itacaiúnas, sendo que 75% do tráfego está concentrado nos horários de pico, de manhã cedo, depois do meio-dia e no início da noite.

Boa parte desse tráfego é de veículos pesados, proveniente das mais de 200 indústrias que estão no entorno de Marabá, especialmente siderúrgicas, cuja produção anual de ferro-gusa é de 2,1 milhões de toneladas, o que acarreta um tráfego pesado que também inclui a produção agroindustrial e a de telhas e tijolos, outros dois setores fortes da economia marabaense. Este tráfego pesado exige um trabalho constante de recuperação do piso da Transamazônica.

Alça viária é apontada com solução

Para resolver de vez o problema, o governo do Estado propôs ao Ministério dos Transportes a construção de uma alça viária que contorne o município, passando pelo Distrito Industrial de Marabá, de modo a retirar da cidade o tráfego pesado de veículos de carga, a um custo de R$ 77 milhões. A resposta foi positiva.

‘O ministro (Alfredo Pereira do Nascimento, dos Transportes) autorizou o início dos estudos de engenharia e de impacto ambiental’, confirma o secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do Governo do Pará, Maurílio Monteiro, que prevê um impacto muito grande sobre a qualidade do trânsito em Marabá a partir da conclusão da obra. ‘A Transamazônica passa por dentro de Marabá com um tráfego intenso e a duplicação da ponte sobre o rio Itacaiúnas não vai resolver o problema, são muito veículos pesados que circulam por ali’, completa Maurílio Monteiro.

Esse tráfego pesado só tende a aumentar com as obras de infraestrutura em curso na região, que vão dinamizar ainda mais a indústria mineral. A Sinobrás, que se instalou em Marabá em 2007, começou a produzir agora e a movimentar 300 mil toneladas por ano de vergalhões. A verticalização da indústria mineral finalmente chega a Marabá, mas o progresso tem um preço e a solução para não inviabilizar o tráfego na cidade é construir a alça viária de Marabá.

Obra vai beneficiar indústrias

A alça viária de Marabá vai ligar a Transamazônica (BR-230) à BR-155 (antiga PA-150, que foi federalizada), contornando todo o centro urbano de Marabá e interligando o dinâmico distrito industrial do município às principais rodovias da região. Duas pontes serão construídas, uma sobre o rio Itacaiúnas e outra sobre um afluente do mesmo rio. Desse modo, Marabá ficará livre do tráfego pesado, com melhoria considerável da segurança no trânsito e na qualidade de vida da população, que poderá, assim, desfrutar ainda mais dos benefícios do crescimento econômico proporcionado pela indústria, em uma metrópole mais confortável.

A obra vai aproveitar em seu traçado parte do trecho já pavimentado da BR-155, de aproximadamente nove quilômetros, o que diminui o impacto ambiental e a necessidade de desapropriações, com reflexo na diminuição do custo de implantação.

No trecho compreendido entre a ponte que será construída sobre o rio Itacaiúnas e o viaduto sobre a Estrada de Ferro Carajás (EFC), a nova rodovia vai acompanhar o ramal ferroviário da Vale, aproveitando uma área já degradada pela atividade humana e hoje utilizada para a criação de bovinos.

Depois de atravessar a EFC, a nova rodovia seguirá paralela à estrada vicinal existente, onde já estão instaladas redes de alta e média tensão que abastecem o distrito industrial e que, dessa forma, não precisarão ser deslocadas. As áreas que serão desapropriadas para a construção da rodovia têm hoje poucas benfeitorias.

No Km 13 da alça viária, a ponte sobre o afluente do rio Itacaiúnas terá 70 metros de extensão e será paralela à ponte ferroviária prevista para o abastecimento da Alpa (Aços Laminados do Pará), outra indústria em fase de instalação em Marabá, em parceria com a Vale, com início de operação previsto para 2012, para produção de 2,5 milhões de toneladas de aço apenas na primeira fase.

Do Km 15 ao Km 17, a rodovia atravessa uma área de vegetação arbórea e logo depois, passa por dentro do distrito industrial, até o Km 21. A partir daí, até o Km 27, utiliza o traçado já pavimentado da BR-155 (antiga PA-150), que necessita apenas de algumas melhorias. (O Liberal)

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