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sábado, dezembro 6, 2025
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Um ano após plebiscito, separatismo polariza eleições no interior do Pará

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Quase um ano após o plebiscito que evitou a divisão do Pará, o separatismo está polarizando as eleições em Marabá e Santarém, cidades cogitadas para se tornarem capitais, respectivamente, dos Estados de Carajás e Tapajós.

Nesses municípios, mais de 90% dos eleitores votaram a favor dos novos Estados. Como o governador Simão Jatene (PSDB) se opôs à divisão, candidatos a prefeito apoiados por ele estão sendo acusados de também serem contrários ao desmembramento.

Em Marabá, a campanha de João Salame Neto (PPS), que faz oposição ao governador, está toda apoiada na questão separatista.

Ele presidiu a frente pela criação de Carajás durante o plebiscito e sua propaganda o caracteriza como “prefeito do sim” (voto favorável à divisão na votação).

A propaganda eleitoral de Salame Neto atribui a derrota ao governador: “Jatene conseguiu adiar o nosso sonho e pretende adiar ainda mais. […] Quem está do lado de Jatene não pode estar do lado da nossa luta”.

O candidato de Jatene em Marabá é Sebastião Miranda (PTB). Acuado pelas críticas, ele usou um programa inteiro para dizer que é favorável à divisão do Pará. “Aqui todos nós somos favoráveis.”

O tema também é frequente em Santarém. Um panfleto anônimo foi distribuído em carreata do candidato apoiado por Jatene, Alexandre Von (PSDB), com foto dos dois e as palavras “Não e não”.

A equipe da rival de Von, a petista Raimunda Lucineide, negou a autoria do panfleto.

A campanha dela, porém, exibiu depoimento do deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) em que ele cita Jatene como “grande carrasco de nossos sonhos”. “Esse homem não merece agora querer colocar prepostos nas prefeituras da região”, diz.

Para se defender, o tucano Von se definiu no horário eleitoral como “defensor intransigente da criação do Estado do Tapajós”.

Em meio ao clima acirrado, o governador não foi fazer campanha nas duas cidades. Procurada, sua assessoria diz que os ataques são “naturais”.

Paralelamente à eleição, lideranças políticas das duas regiões continuam articulando um novo plebiscito. Eles querem mudar a legislação para que sejam ouvidos apenas os moradores das duas regiões, e não a população de todo o Pará, como ocorreu.

No resultado final do plebiscito, realizado em dezembro de 2011, 66,6% dos paraenses que votaram escolheram “não” para a criação do Estado de Carajás e 66% votaram contra a criação do Tapajós. (Folha Online)

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