A cada dia novos órgãos vão aderindo à greve nacional dos servidores públicos federais, que continua sem previsão para acabar. O movimento grevista iniciado há mais de dois meses já atinge 17 órgãos federais no Tocantins. Nacionalmente, o movimento abrange mais de 350 mil servidores. Ontem, a paralisação ganhou a adesão dos servidores da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Os grevistas acreditam que esta semana será decisiva para as negociações com o governo federal.
No geral, as principais reivindicações são correção salarial para todos os servidores, realização de concurso para contratação de pessoal e melhoria nas condições de trabalho.
Orientados pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), cerca de cem servidores federais, representantes dos órgãos que estão em greve no Estado, se reúnem hoje, no aeroporto de Palmas, das 12 às 14 horas, com a intenção de sensibilizar o governo a abrir negociações com as categorias.
Segundo o presidente do Sindicato dos Técnicos Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado do Tocantins (Sintad), Edy César Passos, a estimativa é que 40% dos servidores federais estejam em greve no Brasil.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado de Tocantins (Sintsep), José de Arimatéia Morais, falou que a continuidade da greve não é por vontade dos servidores, mas por má vontade do governo em não atender as reivindicações. “Se o governo não atender, todos os órgãos vão entrar em greve até o final do mês”, desabafou.
Para o agente de saúde Rafael Dolny, a comunidade precisa entender e apoiar o movimento, pois os servidores estão manifestando para melhorias das condições de trabalho deles, e que isso refletirá na sociedade. (Jornal do Tocantins)
