Nos últimos dez anos, o volume de investimento feito pelo governo do Estado, despesa com pessoal e despesa com manutenção da máquina se inverteu bruscamente. A partir de uma avaliação geral da aplicação dos recursos feita pelo Executivo, baseado nos dados fornecidos pela Secretaria Estadual de Administração (Secad), observa-se que o volume usado para investimento movimentava o maior percentual do orçamento. De acordo com os números repassados pela Secad, em 2001 o percentual de investimento feito pelo governo foi de 41,31% do volume movimentado pelo Palácio Araguaia no ano. O gasto com folha de pagamento no mesmo ano foi de 35,93% e 22,76% destinados para custeio. Em 2011, os valores se inverteram. O gasto com pessoal subiu para 47,05%, o custeio da máquina também aumentou, passando para 41,91% e o percentual usado para investimentos despencou para 11,04%, uma queda de 30,27 pontos percentuais nos últimos dez anos.
Em 2002, ano eleitoral, o investimento atinge 54,15%, o maior índice dos dez anos analisados, com uma leve queda nas despesas com pessoal, passando para 35,70%, e uma redução no custeio, que alcança no ano 10,15%. No ano seguinte, o investimento cai, chegando a 43,5%, a despesa com pessoal cresce e atinge os 36,67%, porém é o custeio que se destaca, chegando a 19,83%. Em 2004, ocorre a inversão no uso da receita do governo, com o percentual de investimento registrando (38,46%) sendo menor que o usado com despesa com pessoal (39,64%) e custeio demonstrando uma alta, ficando em 21,9%. Já em 2005, o pagamento de pessoal cai para 34,53%, contudo o investimento não ultrapassa os 29%, apresentando uma quede de quase 10 pontos, e custeio chega registrando uma alta acentuada, aumentando quase 15 pontos e chegando a 36,47%.
Em 2006, período de eleições estaduais, o investimento tem índices menores (25,02%), a despesa com pessoal salta 10 pontos, atingindo os 44,70%, e custeio tem queda, ficando em 30,28%. O próximo ano, despesa com pessoal retrocede para 42,55%, o investimento fica em 24,55% e custeio cresce para 32,9%. Em 2008, investimento cresce para 27,73%, junto com o custeio que alcança os 36,27% e despesa com pessoal cai para 36%. Mas, em 2009, o volume de investimento cai novamente para 21,32%, o gasto com folha sobe para 44,06% (uma alta aproximada de 8 pontos) e custeio fica em 34,62%. Em 2010, o terceiro período de eleições estaduais nos últimos dez anos, o gasto com folha de pagamento registra o maior percentual do período, chegando a 47,74%, com o custeio de 39,52% e investimento batendo na casa dos 21,74%. (Jornal do Tocantins)




