Dez municípios são responsáveis por 66,2% da riqueza produzida no Pará. Juntos, Belém, Barcarena, Marabá, Parauapebas, Ananindeua, Tucuruí, Santarém, Castanhal, Paragominas e Canaã dos Carajás somaram à economia R$ 32,752 bilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 16, pelo Idesp (Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em parceria com a Sepof (Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças).
A pesquisa sobre o PIB dos 143 municípios paraenses em 2007 aponta mudanças no ranking das principais economias do Estado. Paragominas, subiu da 11ª para a 9ª posição, assumindo o lugar antes ocupado por Canaã dos Carajás, deslocado para a 10º posição; e, com a queda de uma posição, Oriximiná deixou o grupo dos dez municípios com maior PIB.
Já os dez municípios com menor participação no PIB – Santarém Novo, São João da Ponta, Magalhães Barata, Santa Cruz do Arari, Peixe-Boi, Primavera, Terra Alta, Bonito, Palestina do Pará e Colares -, não somaram 0,5% da economia do Estado. Esses municípios são caracterizados em geral pela baixa concentração demográfica e forte dependência em relação ao setor de Serviços, principalmente à atividade da administração pública. Aliás, o setor de serviços é a base econômica em 125 cidades paraenses. Em nove, a atividade predominante é a agropecuária e a indústria é a principal fonte de renda em outros nove municípios.
Agropecuária
Em 2007, o setor agropecuário decresceu 7,9%, gerando R$ 3,804 bi, o equivalente a 8,56% do PIB paraense. Com o segundo maior rebanho de bovinos do país desde 2004, São Félix do Xingu ocupa o primeiro lugar do ranking de municípios com maior valor adicionado ao setor agropecuário no estado.
Em seguida, se destacam os municípios de Santarém, maior produtor de soja, arroz e pescado do Pará; Acará, maior produtor de mandioca do país cujo crescimento da produção foi de 50%; Paragominas, produtor de bovinos, grãos (arroz, milho, soja) e mandioca; e Marabá, detentor do quinto maior rebanho de bovinos no estado.
Indústria
Barcarena, Tucuruí, Parauapebas, Belém e Marabá concentram 65,8% da riqueza produzida pelo setor indústrial no Pará, que em 2007 chegou a R$ 13,780 bilhões, quase 31% da produção estadual, apesar do decréscimo de 0,60% do crescimento do setor no Estado.
Entre as atividades que garantiram aos municípios os primeiros lugares no ranking, estão: a indústria da transformação, nas áreas de metalurgia e química com a produção de alumina e alumínio em Barcarena, na área siderúrgica com a produção de ferro-gusa em Marabá, e nas áreas de alimentos-bebidas e madeira-mobiliários em Belém; os serviços de utilidade pública, com a produção de energia elétrica pela Usina Hidrelétrica de Tucuruí; a construção civil, também na capital; e a extração mineral, com a exploração de hematita-ferro em Parauapebas.
Serviços
Os dez municípios que lideram o ranking estadual do valor adicionado ao setor de serviços produziram R$ 10,931 bilhões ou 66% da riqueza gerada pelo setor no estado. As atividades de comércio, aluguel e administração pública dão a Belém, capital do estado, a liderança no ranking.
Esse município produz não só 36,4% da riqueza gerada pelo setor como também concentra a maior parte dos órgãos públicos (federais, estaduais e municipais), as agências bancárias e as operações financeiras realizadas no estado.
Em seguida, encontram-se os municípios de Ananindeua, Marabá, Santarém, Barcarena, Parauapebas, Castanhal, Paragominas, Altamira e Itaituba, cujas economias também se pautam pelas atividades de comércio, administração pública e aluguel. Em Marabá e Barcarena, tem destaque também as atividades ligadas a Transporte, seja pelo papel de distribuição comercial exercido pelo primeiro município na região Sudeste Paraense ou pela presença do porto de carga de Vila do Conde, o maior do estado. (Portal ORM)




