A movimentação do vereador Lucas Campelo no tabuleiro eleitoral federal começa a redesenhar cenários em Araguaína, maior colégio eleitoral do interior do Tocantins. A pré-candidatura do parlamentar, filiado ao União Brasil, vem sendo observada com atenção por grupos ligados aos deputados federais Tiago Dimas e Alexandre Guimarães.
Nos bastidores, a leitura predominante é que o fator de maior impacto não está necessariamente no desempenho político direto de Lucas Campelo, mas no peso do grupo que o sustenta. O pai do vereador, apontado como principal financiador e articulador da pré-candidatura, possui forte capital político, trânsito social e boa aceitação junto à comunidade araguainense, o que amplia o alcance do projeto eleitoral.
Esse movimento já começa a provocar fissuras em bases até então consideradas consolidadas. Lideranças locais e apoios estratégicos que orbitavam os projetos de Tiago Dimas e Alexandre Guimarães passaram a demonstrar simpatia ou migração para o novo nome em construção, sinalizando um rearranjo silencioso, porém relevante, no xadrez político regional.
Além da disputa por apoios, a entrada de Lucas Campelo altera a matemática eleitoral. O cenário que antes indicava a divisão de votos entre dois principais postulantes dentro de Araguaína, passa, agora, a comportar um terceiro polo competitivo. Na prática, o “bolo” eleitoral se fragmenta, elevando o grau de imprevisibilidade e tornando a disputa federal no Tocantins ainda mais aberta e estratégica nos próximos meses.




