Em entrevista à Rádio Nova FM de Gurupi, o vice-governador do Tocantins, Laurez Moreira, fez um balanço do período em que comandou o Governo do Estado durante o afastamento judicial do governador titular. Ao radialista José Manuel Vilhena, Laurez afirmou que sua atuação foi guiada pelo respeito à Constituição, responsabilidade administrativa e atenção às demandas estruturais do Tocantins. Segundo ele, o curto período exigiu ritmo intenso de trabalho e decisões estratégicas para enfrentar problemas históricos. “O Tocantins teve um governador que trabalhou de segunda a segunda. Houve dias em que fiquei até duas horas da manhã discutindo cada pasta, planejando o futuro do Estado e enfrentando, de forma responsável, problemas históricos”, afirmou.
Entre os principais pontos destacados, Laurez citou medidas de responsabilidade fiscal adotadas para reduzir despesas e reorganizar prioridades. Ele afirmou ter encerrado contratos considerados incompatíveis com a realidade financeira do Estado, como o aluguel de aeronave, além de reduzir frota e custeio da máquina pública, que teria caído de 32% para 27%. Também ressaltou a decisão de suspender a venda de 23% das ações do Estado na Energisa, avaliando a empresa como um ativo estratégico. Na educação, apontou a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e a prorrogação de concurso público como ações voltadas à valorização dos servidores e à organização da rede. Na saúde, relatou visitas técnicas, compras emergenciais e renegociação de dívidas, destacando que deixou diagnósticos e encaminhamentos estruturados, apesar do tempo limitado de gestão.
Ao tratar de obras e infraestrutura, Laurez disse que priorizou a retomada de projetos paralisados e a exigência de rigor técnico antes de novos avanços, citando exemplos nas áreas de educação, saúde, rodovias e turismo. Segundo ele, houve atenção especial a obras estratégicas de integração regional, como ligações rodoviárias com o Nordeste, intervenções no Jalapão, o aeroporto de São Félix e projetos voltados à Ilha do Bananal, com foco também no fortalecimento do turismo e das comunidades indígenas. Ao final da entrevista, o vice-governador avaliou que o Tocantins tem grande potencial econômico, mas depende de organização, planejamento e responsabilidade na gestão pública. “O Tocantins tem tudo para dar certo. O que precisamos é de organização, planejamento e responsabilidade na condução do Estado”, concluiu.
