
A 45ª edição do Círio de Marabá transformou as ruas da cidade em um espetáculo de fé e emoção neste domingo (19). Sob o tema “Maria, sinal de esperança”, mais de 400 mil fiéis participaram da procissão de 7 km, em um percurso que uniu devoção, tradição e histórias de superação. Com uma estrutura reforçada pela Prefeitura e a presença de centenas de voluntários, o evento reafirmou o papel de Marabá como um dos maiores polos religiosos do Norte do Brasil.
Entre os fiéis, histórias comoventes deram o tom da caminhada. Luciane Castro, que participou pela terceira vez, contou que este ano teve um significado especial. “Vim pagar uma promessa e agradecer a Deus por uma bênção recebida. O Círio é um momento de fé e gratidão”, relatou. Já Katrine Neves, que levou consigo uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré, destacou a devoção de toda a família. “Venho desde criança. Cada ano é uma oportunidade de agradecer pelas bênçãos e renovar a esperança”, afirmou.
O trajeto foi repleto de homenagens, como a da família de Jacira Gurgel, que há mais de 35 anos decora sua casa para o Círio. “É uma promessa de gratidão. Cada flor, cada cor tem um significado de amor à mãe de Jesus”, explicou. A solidariedade também esteve presente em gestos simples, como o de Daniele Schneider e amigos, que distribuíram mil copos de água aos romeiros em agradecimento pela conquista da casa própria.
Além da fé, o evento foi marcado por inclusão e cultura. Pela primeira vez, o palco principal contou com espaço acessível para pessoas com deficiência e apresentação do coral da Apae. Professores da Fundação Casa da Cultura de Marabá conduziram o momento musical com arranjos marianos inéditos, enquanto o cantor Eros Biondini encerrou a noite com um show de evangelização. O bispo Dom Vital Corbellini resumiu o sentimento coletivo: “O Círio não se explica, se vive. É fé, é esperança, é o encontro do povo com Deus.”




