A terça-feira (14) será marcada por paralisações e atos públicos em diversas cidades do Tocantins. Professores da rede estadual de ensino, incluindo os municípios de Tocantinópolis e Augustinópolis, vão suspender as atividades em apoio à mobilização convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet). O movimento ocorre às vésperas do Dia do Professor e cobra do Governo do Estado o envio imediato do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da Educação à Assembleia Legislativa.
O Sintet confirmou que haverá manifestações simultâneas em pelo menos doze regionais, com destaque para cidades do Bico do Papagaio, onde a insatisfação da categoria vem crescendo. Em Tocantinópolis e Augustinópolis, os educadores devem realizar atos locais, reforçando a pressão por um posicionamento do Executivo. O sindicato defende que a demora em encaminhar o plano representa um desrespeito aos profissionais da educação, que aguardam há mais de um ano a efetivação de uma pauta já discutida e consolidada.
O PCCR está parado na Casa Civil e deveria ter sido encaminhado à Assembleia Legislativa com previsão de implantação financeira em setembro de 2025. No entanto, o governo argumenta que é preciso “conhecer o plano” antes de dar prosseguimento. Para o presidente do Sintet, José Roque Santiago, a justificativa não convence: “Temos mantido diálogo com a nova gestão, mas é impossível manter a paciência diante da morosidade com que o processo vem sendo conduzido. Queremos a aprovação do PCCR já!”, afirmou.
Em Palmas, a capital do Estado, o movimento será unificado entre as redes municipal e estadual, com um grande ato público marcado para quarta-feira (15), Dia do Professor, na Avenida JK. A paralisação promete ecoar em todo o Tocantins, com forte participação das regionais do norte, onde o sentimento de desvalorização e descaso com a carreira docente tem mobilizado cada vez mais profissionais.
