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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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ARAGUAÍNA: Professores reagem a proposta de Wagner Rodrigues que corta direitos e chamam projeto de “presente de grego”

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A tentativa da gestão do prefeito Wagner Rodrigues de reformular o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos profissionais da educação acendeu um novo foco de tensão entre o governo municipal e o magistério de Araguaína. O projeto encaminhado à Câmara, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), representa um retrocesso nas conquistas da categoria e foi apresentado sem diálogo prévio — justamente na semana em que se comemora o Dia do Professor.

Pela proposta, o novo texto revoga integralmente as leis nº 1.940 e nº 2.432/2005, que regem o plano atual, e reduz significativamente as gratificações por titulação. O incentivo de 50% concedido a professores com pós-graduação cairia para 10%, afetando também os percentuais de mestrado e doutorado. Na prática, isso implica uma desvalorização direta dos profissionais que buscaram qualificação e formação continuada. O Sintet classificou o ato como um “presente de grego” aos educadores e afirmou que o prefeito age com “desprezo e autoritarismo” ao tratar de um tema tão sensível sem abrir espaço para debate.

A atitude da gestão levanta questionamentos sobre prioridades e coerência. Em um momento em que o país discute a valorização dos professores como base da qualidade da educação pública, por que Araguaína caminha na direção oposta, reduzindo incentivos justamente à formação docente? A falta de diálogo apontada pelo sindicato também expõe um estilo de governar que parece se afastar da transparência e da escuta social — princípios que deveriam nortear qualquer política pública voltada à educação.

A votação do projeto seria realizada nesta segunda-feira (13), mas foi adiada devido a um curto-circuito nas instalações elétricas da Câmara Municipal. O Sintet informou que permanecerá mobilizado e promete intensificar a pressão política contra o texto. Diante das críticas, o prefeito Wagner Rodrigues ainda não se manifestou publicamente sobre as razões que justificariam tais cortes e tampouco apresentou estudo técnico que comprove a necessidade de alterar o PCCR. Sem transparência e diálogo, o projeto tende a aprofundar o desgaste político da gestão e ampliar a desconfiança de uma categoria que, há anos, carrega o peso da desvalorização profissional.

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