A Polícia Civil do Tocantins deflagrou nesta quinta-feira, 11, a Operação “Rolezinho 244”, voltada a combater grupos que promoviam manobras perigosas em vias públicas, conhecidas como “grau”, amplamente divulgadas em redes sociais. Ao todo, foram cumpridos 50 mandados judiciais, incluindo 20 de prisão temporária, cinco internações provisórias de adolescentes e 25 de busca e apreensão domiciliar, em seis cidades da região do Bico do Papagaio: Augustinópolis, Praia Norte, Sampaio, São Miguel, Araguatins e Buriti. Mais de 80 agentes atuaram na operação, que contou com apoio da Polícia Militar, Polícia Penal e Polícia Científica.
De acordo com o delegado Jacson Wutke, coordenador da ação, a repressão atende a um apelo popular diante da gravidade dos riscos. Ele destacou que as manobras não são apenas ilegais, mas representam ameaça concreta à vida de pedestres, motoristas e dos próprios praticantes. A investigação apura crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro e no Código Penal, como direção perigosa, condução sem habilitação, adulteração de placas, apologia ao crime e entrega de veículo a não habilitado. Além das prisões, a Justiça determinou suspensão de perfis usados para divulgar vídeos de manobras, proibição de criação de novas contas e a suspensão ou restrição do direito de dirigir por pelo menos 12 meses para 25 investigados.
A ação também envolveu perícia nos locais das apreensões, identificação técnica de adulterações em veículos e aplicação de multas administrativas. Para Wutke, a resposta rápida e integrada das forças de segurança busca salvar vidas e evitar tragédias como a registrada em junho, em Araguaína, quando uma mulher foi atropelada fatalmente por um motociclista que fazia “grau”. “Não se trata de mera diversão, mas de atos criminosos que já deixaram vítimas e famílias enlutadas. Nosso objetivo é restabelecer a ordem e proteger a coletividade”, afirmou.
