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sexta-feira, dezembro 5, 2025
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PARAUAPEBAS: Ação da Prefeitura em ocupação popular é suspensa após denúncias e gera incertezas para moradores

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A Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), anunciou o início de um levantamento social na Ocupação Terra Prometida, situada no bairro Nova Carajás. A ação, que teve início na última terça-feira (20), busca identificar a quantidade real de moradores no local. No entanto, a iniciativa, que deveria ser um instrumento de organização e acesso a direitos, acabou levantando questionamentos sobre a condução e a efetividade da política habitacional no município.

O trabalho está sendo conduzido por assistentes e entrevistadores sociais da própria secretaria, mas, diante de denúncias de cobranças indevidas e incentivo à construção de barracos de lona por supostos intermediários, a prefeitura se viu obrigada a suspender temporariamente os atendimentos na área. Segundo a Sehab, nenhum tipo de cobrança foi autorizado e nenhuma senha está sendo distribuída, reforçando que todo o processo deve ocorrer de forma gratuita e direta, sem mediação de terceiros.

Apesar da postura institucional de repúdio à extorsão e da promessa de acionar a polícia para apurar responsabilidades, o episódio evidencia a fragilidade do controle social em territórios de ocupação informal. A ausência de critérios públicos e visíveis para a atuação da secretaria nesses espaços abre brechas para a atuação de atravessadores, expondo famílias vulneráveis a possíveis fraudes e abusos. A decisão de suspender os atendimentos, embora justificada como medida preventiva, pode também penalizar justamente os moradores que buscam regularização ou acesso a serviços públicos básicos.

Outro ponto que merece atenção é a falta de clareza sobre os desdobramentos desse levantamento: haverá algum programa de regularização fundiária? Qual o destino previsto para as famílias que ali residem, muitas em situação de extrema precariedade? A nota oficial se limita a promessas genéricas de justiça social e transparência, sem apresentar um plano concreto ou cronograma para a resolução do impasse habitacional. Enquanto isso, o temor de remoções, desinformação e insegurança jurídica persiste entre os moradores da Terra Prometida.

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