Nos últimos dias, segundo o presidente da Colônia de Pescadores de Tocantinópolis, João Aroldo, é preocupante a continuidade da mortandade de peixes que vem ocorrendo desde o final de 2010, agravando-se sempre nessa época do ano. Os pescadores profissionais filiados à Colônia de Pescadores de Tocantinópolis, durante o período da Piracema, recebem do Governo Federal o Seguro Desemprego, o que, segundo Aroldo, distancia o pescador do rio. Mas segundo o pescador a situação tem se agravado nos últimos dias, já que os pequenos peixes, como piau, pataca, cará, avoador, pacú, sardinha, bicuda, na maioria peixes de superfície, estão morrendo.
No trecho do rio Tocantins entre Tocantinópolis e Tauri, os pescadores conseguiram ver peixes grandes como jaú, cachorra, entre outros descerem o rio, mortos. Próximos às margens foram constatados a mortandade de grande quantidade de peixes pequenos, o que poderá causar grande desequilíbrio.
Em 2010, no final do ano, foi noticiado sobre toneladas e peixes que morreram e o que resultou, é que no ano de 2011 por exemplo, conforme afirmam os pescadores, o peixe da espécie Pacú Branca não foi pescado, uma clara demonstração de que a mortandade ocorrida em 2010 e durante o ano de 2011 refletiu diretamente na falta do pescado.
O problema teve inicio com a construção da Usina Hidroelétrica de Estreito, realizado pelo Consórcio Estreito Energia (CESTE).
“A única responsável por tudo isso é a empresa CESTE, que construiu a Usina Hidrelétrica de Estreito, já que o problema não existia antes dessa construção, enquanto que os pescadores, associados, os quais vivem somente da pesca, estão passando por privações desde o fim do período da piracema de 2011, já que o peixe foi escasso naquele ano, e, mais, não pode se esperar muito para 2012, já que até sardinha, cará e crote estão morrendo, fica difícil depender exclusivamente da pesca”, finalizou, João Aroldo, presidente da Colônia de Pescadores. (Mouranet)




