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sábado, 21 / dezembro / 2024

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Em noite de goleada, Seleção Brasileira consolida Novo Mangueirão no roteiro esportivo internacional

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Uma noite histórica, grandiosa como a trajetória do futebol brasileiro. No idioma único do paraense, uma noite “pai d’égua”. Não faltou entusiasmo para definir a passagem da Seleção Brasileira de futebol masculino por Belém, a capital paraense, que culminou na goleada de 5 x 1 na seleção boliviana, nesta sexta-feira (8), no Estádio Olímpico do Pará, o Novo Mangueirão.

Na cálida noite de verão amazônico, o estádio recebeu mais de 43 mil torcedores, que do Hino Nacional às comemorações dos gols, expressaram toda a paixão pelo futebol e sua maior representante – a única seleção a ostentar o título de penta campeã mundial. Há 12 anos, uma festa esportiva com essa dimensão não acontecia em Belém, desde a última passagem da seleção canarinho pela capital.

“Hoje é um dia de festejar. Festejar todo esse sentimento de brasilidade que o paraense está demonstrando, o amor a nossa Seleção, a paixão que o paraense tem pelo futebol. E o reconhecimento, depois de 12 anos, de poder voltar a ser escolhida pela Seleção Brasileira, e principalmente para uma eliminatória. Eu tenho certeza que o legado que essa experiência deixa é que nós não vamos esperar mais 12 anos para ver a Seleção aqui. De hoje em diante, Belém entra para a agenda das principais praças do futebol da América Latina”, assegurou o governador do Pará, Helder Barbalho.

A paixão do paraense pelo futebol foi recompensada com a reconstrução e modernização do Mangueirão, entregue em abril deste ano pelo Governo do Pará.

Orgulho – Quem viveu as duas experiências identificou logo as diferenças, como Nilomar Gomes, que viajou cerca de 60 quilômetros até Belém para assistir ao jogo. “Eu estive aqui no jogo do Brasil contra a Argentina. O estádio era totalmente diferente. Agora, tá totalmente reestruturado. É uma maravilha! Chega a dar orgulho com o Mangueirão totalmente reestruturado. As pessoas que vêm de fora, de outras localidades, verem tudo isso, dá um prazer!”, destacou o comerciante, que reside no município de Castanhal, na Região Metropolitana de Belém.

O jogo do Brasil com a Bolívia em Belém, válido pelas eliminatórias da Copa do Mundo Fifa 2026, só possível devido à reconstrução, ampliação e modernização do Novo Mangueirão. O estádio ganhou status de arena, atendendo a todas as regras exigidas pela Fifa (Federação Internacional de Futebol) para grandes eventos. A capacidade de público foi ampliada, e hoje o Mangueirão tem capacidade para receber, com toda comodidade e segurança, 50 mil pessoas. O feito incluiu o Pará na rota dos grandes eventos esportivos, recompensando a paixão do paraense pelo esporte.

O aposentado José Romildo Dias, morador de Soure, no Arquipélago do Marajó, levou toda a família para ver de perto as estrelas do futebol nacional, como o atacante Neymar, que viveu uma noite de glória ao marcar dois gols e superar a marca do Rei Pelé com a camisa da Seleção Brasileira. “Este jogo representa, sem dúvida, uma retomada para a nossa seleção. É um novo trabalho, um novo caminho para o hexa. Hoje, o paraense se mobilizou para essa festa linda. Eu já estive aqui, e está tudo diferente, moderno. É um dos maiores e melhores estádios do mundo, sem dúvida”, garantiu o torcedor marajoara.

O Novo Mangueirão dispõe de rampas exclusivas para pessoas com deficiência (PcDs); novas bilheterias e novos elevadores; placas de energia solar; sistema de coleta de água da chuva para utilização nos banheiros; espaços para projetos sociais; salas multiuso; novo gramado do tipo “bermuda celebration”, mais adequado ao clima do Pará e utilizado nos principais estádios que recebem jogos da Copa do Mundo.

Acessibilidade e inclusão – O Novo Mangueirão é o primeiro estádio do País a ter duas salas de acomodação sensorial, voltadas para torcedores com deficiência. As salas contam com isolamento acústico (que reduz o barulho externo), sofás, televisores e pintura diferenciada, além das atividades desenvolvidas especialmente para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Nos espaços, crianças, jovens, adultos e idosos com diagnóstico ou em investigação para TEA, e seus familiares, podem usufruir de um ambiente reservado, com acesso mais restrito e disponibilidade de recursos e equipamentos – abafadores, mordedores, lycras sensoriais, coletes e aliviadores de estresse.

Débora Macedo acompanhou a goleada do Brasil sobre a Bolívia com o filho Ângelo David, 12 anos. O torcedor vibrou a cada gol. “O sonho dele está se realizando aqui. Era ver a Seleção de perto. O conforto oferecido é extremamente importante, pois ele tem sensibilidade auditiva. Se não fosse esse espaço, não conseguiríamos estar aqui. Além do conforto, tem uma equipe multidisciplinar que nos acolhe muito bem. Eu fico agradecida de ver meu filho sendo incluído nesses projetos. Em outros locais, já ficamos na torcida convencional. Ele já utilizou o abafador, mas logo cansa, fica quente e agonia. Aqui é diferente”, assegurou a mãe de Ângelo Davi, emocionada. (Evaldo Júnior / Foto: Roni Moreira)

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